Sousa/PB -

Extras

Em São Paulo, marcha marca Dia da Consciência Negra

Rádio Agência

20/11/2025 às 21:07

Tamanho da Fonte

Em São Paulo, o Dia da Consciência Negra foi marcado pela Marcha da Consciência Negra, que acontece há 22 anos no estado. A mobilização começou em frente ao Masp, o Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista.

O evento deste ano homenageia Zumbi dos Palmares e Dandara, em referência à marcha realizada em 1995, que marcou os 300 anos da morte do líder do Quilombo dos Palmares e figura emblemática da resistência negra contra a escravidão.

Entre as pautas defendidas na marcha está a PEC 27, que propõe a criação de um fundo de reparação econômica e de promoção da igualdade racial.

Vozes da marcha

Dinha Batista participa do Movimento Negro na zona da mata mineira e, neste ano, veio marchar na capital paulista:

"Ainda continua sendo a luta pela educação, pela saúde do povo negro, como está precisando, né? Já avançamos bastante, mas precisa melhorar e muito, ainda."

Terezimar Alves Sousa, que marca presença na Marcha da Consciência Negra todos os anos, pediu mais envolvimento da população branca na luta. Ela reforça a ideia de que não basta não ser racista, é preciso ser antirracista:

"Porque o racismo foi criado pela população branca, e a estrutura é mantida pelo poder branco. Então, é uma luta dos negros, mas também dessa nossa sociedade. Eu acho que, enquanto a sociedade não entender que isso é uma causa da sociedade brasileira, a gente vai estar avançando pouco ainda."

A marcha desta quinta-feira ocorre 30 anos depois da manifestação histórica de 1995, reforçando a celebração da cultura afro-brasileira, a herança da resistência quilombola, a luta contra o racismo e a desigualdade racial.

Integrante do terreiro Casa de Oyá, na zona sul da capital paulista, Juliana Souza fala sobre a importância de combater a intolerância contra as religiões de matriz africana:

"A nossa luta é para que a gente consiga conviver em paz, nesse país que é extremamente laico e cuja a maioria é preta. Então, se não for pela fé, seja pela ancestralidade, porque os terreiros ainda são os detentores da nossa ancestralidade. É lá que está guardado o que restou de onde a gente veio."

A marcha foi encerrada em frente às escadarias do Theatro Municipal, onde, em 1978, foi criado o Movimento Negro Unificado, em resposta ao racismo e à violência policial.

2:57

Continuar lendo ...
Ads 728x90

QR Code

Para ler no celular, basta apontar a câmera