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Estudo aponta racismo ambiental em Belém, sede da COP30

Rádio Agência

04/11/2025 às 18:55

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A poucos dias da realização da COP30, em Belém, capital do Pará, uma pesquisa aponta que a cidade – assim como Porto Alegre, Recife e São Paulo – sofre com o racismo ambiental. De acordo com o estudo, realizado pelo Instituto Pólis, nesses locais, o racismo se manifesta no baixo acesso da população negra ao saneamento e à arborização, entre outras desigualdades.

Em Belém, por exemplo, ser negro significa ter 30 vezes mais chances de ser hospitalizado por uma doença transmitida por água contaminada. Além disso, quase 94% das internações por arboviroses na cidade foram de pessoas negras, embora esse grupo demográfico corresponda a cerca de 75% da população total.

Cássia Caneco, diretora do Instituto Pólis, avalia a situação da capital Belém e o impacto que a COP pode ter para reduzir essas desigualdades:

“Belém, que sediará agora a COP30, vive um paradoxo. É uma das cidades com maiores desigualdades expressas. Nós acreditamos que é possível que a COP deixe um legado. Então, é importante considerar que a COP em Belém precisa deixar um legado.”

A diretora também destaca como o poder público pode atuar para mudar essa realidade nas cidades apontadas pelo estudo:

“O poder público precisa reconhecer essas desigualdades como estruturais. Precisa orientar o seu planejamento, os seus investimentos, as regulações à luz desses dados.”

A pesquisa cruzou dados do Censo Demográfico de 2022 com indicadores de infraestrutura urbana e variáveis ambientais da Plataforma UrbVerde, iniciativa dedicada à democratização do acesso a dados sociais e ambientais.

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