
04/11/2025 às 10:03
Após a realização da Operação Contenção, na última terça-feira (28), nos complexos do Alemão e Penha, na zona norte do Rio, a Ouvidoria Geral da Defensoria Pública do estado do Rio de Janeiro recebeu denúncias de violações de direitos humanos.

As declarações fazem parte de um relatório preparado pelo órgão e incluem relatos de roubos de documentos, importunação sexual às mulheres, uso das casas para policiais se esconderem à espera de suspeitos, tortura, execuções, falta de perícias, omissão de socorro, além de criminalização das famílias que fizeram a remoção dos corpos.
Segundo o texto, a operação policial fechou escolas, clínicas e equipamentos de assistência social. Além de muito lixo pelas ruas, sem coleta, e casas sem energia elétrica.
Os ouvidores estiveram nos complexos do Alemão e da Penha, no Instituto Médico Legal, em reunião com a Central Única de Favelas, e acompanharam a retirada dos corpos da região de mata. Alguns corpos estavam com as mãos amarradas, tiros na cabeça e marcas de facadas.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro confirmou 121 pessoas mortas durante a operação na semana passada. Entre elas, quatro policiais. Outras 93 pessoas foram presas em flagrante. O alvo da operação era o Comando Vermelho, que controla o território.
Em nota, a Secretaria de Polícia Militar diz que “a corporação colabora integralmente com todos os procedimentos apuratórios e investigativos sobre as ações”.
Também foi tentado contato com as Secretarias de Segurança Pública e de Polícia Civil. Ainda sem resposta.
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