15/10/2025 às 21:47
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou, nesta quarta-feira (15), manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a reabertura do inquérito da Polícia Federal (PF) que investigou o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta interferência na corporação. Em março de 2022, a PF concluiu que não houve ingerência política e pediu o arquivamento do caso.
A investigação teve início após o ex-juiz Sergio Moro pedir demissão do cargo de ministro da Justiça, em abril de 2020, e insinuar interferência na corporação por meio da troca do então diretor-geral Maurício Valeixo, indicado por ele.
De acordo com a PGR, Bolsonaro enviou mensagem a Moro em 22 de abril de 2020 e confirmou que Valeixo seria demitido. No dia seguinte, o ex-presidente compartilhou uma notícia sobre investigações da PF contra deputados que o apoiavam.
No documento enviado ao STF, Gonet afirmou ser "imprescindível que se verifique com maior amplitude" se houve interferências ou tentativas de interferências nas investigações apontadas nos diálogos e no depoimento do ex-ministro, "mediante o uso da estrutura do Estado e a obtenção clandestina de dados sensíveis".
Se o pedido for aceito pelo Supremo, a Polícia Federal deve checar ainda a ligação da suposta interferência com as investigações sobre a Abin Paralela, propagação de desinformação e uso da estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na trama golpista.
Caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, analisar a solicitação de reabertura da investigação.
Não conseguimos contato com a defesa do Ex-presidente Jair Bolsonaro nem com a assessoria do senador Sergio Moro.
*Com informações da Agência Brasil
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