Padilha decide que não vai para reunião da ONU após restrições dos EUA

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, criticou, nesta sexta-feira, as restrições de vistos impostas pelos Estados Unidos ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e a outras autoridades brasileiras. O chanceler classificou a medida como 'absurdas e injustas'.

O governo Trump concedeu o visto a Padilha, na última quinta-feira, para ele compor a delegação brasileira na Assembleia-Geral da ONU, que começa no próximo dia 24, em Nova York. Mas a limitação de circulação imposta ao ministro impede que ele vá até Washington, capital norte-americana, integrar a comitiva do Brasil na reunião do Conselho Diretor da Opas, Organização Pan-Americana da Saúde.

Para contornar o problema, o chanceler Mauro Vieira disse que está tratando do assunto com os canais disponíveis e que aguarda a ação do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e da Presidente da Assembleia Geral, Annalena Baerbock.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que a decisão viola o Acordo de Sede com a ONU e o direito do Brasil de apresentar as suas propostas no mais importante fórum global de saúde para as Américas.

O ministério informou ainda que, em razão dessas “limitações infundadas e arbitrárias ao exercício diplomático brasileiro”, o ministro Alexandre Padilha decidiu não participar das atividades para as quais foi convidado e vai permanecer no Brasil.