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Aumentam as usinas de energia solar nas áreas de Caatinga

Rádio Agência

18/09/2025 às 15:37

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O bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga, desponta como um pilar para a transição energética do país. É o que revela o estudo lançado nesta quinta-feira (18), pelo Mapbiomas, uma iniciativa de universidades, ONGs e empresas de tecnologia, que monitora as transformações no uso da terra no país.

A Caatinga abriga quase dois terços das áreas de usinas fotovoltaicas do Brasil. No ano passado, mais de 21 mil hectares do bioma já estavam ocupados por instalações solares.

Mas, segundo o professor Washington Rocha, coordenador da equipe Caatinga do MapBiomas, a concentração dessas usinas está se expandindo do Estado de Minas Gerais para a Região Nordeste.

"O Estado de Minas Gerais, né, a Catinga de Minas Gerais ainda concentrando, né, uma quantidade maior de usinas. Mas você quando você olha os dados, as séries temporais, há uma tendência de crescimento grande, né, em relação aos estados do Nordeste, né. Normal tanto até pelo fator de insolação, os atlas de energia solar, eles mostram o potencial nos estados nordeste".

E a rápida expansão das usinas na Caatinga traz preocupações. É que nos últimos 40 anos, o bioma sofreu uma perda de 14% da cobertura original. A principal razão é a agropecuária que se estende por mais de um terço do bioma, alerta a equipe do professor Washington Rocha.

"São dois pontos que a gente sustenta: restaurar as áreas degradadas e ampliar um pouco as áreas conservadas. Assim, a gente vai garantir que o sistema, né, que o bioma, ele tem uma funcionalidade sem, evidentemente, interferir na perspectiva de desenvolvimento econômico, do desenvolvimento social".

Para isso, os dados do MapBiomas podem ajudar na melhor instalação das usinas fotovoltaicas, priorizando justamente as áreas degradadas e preservando as áreas naturais, perto das unidades de conservação, que correspondem a 10% da Caatinga.

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