22/08/2025 às 21:45
A defesa de Jair Bolsonaro encaminhou, nesta sexta-feira, manifestação ao Supremo Tribunal Federal como parte dos esclarecimentos no inquérito que apura suposta atuação do ex-presidente para coagir autoridades envolvidas na ação penal por tentativa de golpe.
No documento, apresentado dentro das 48 horas determinadas como prazo de resposta pelo ministro Alexandre de Moraes, a defesa negou que a existência de um rascunho de pedido de asilo político na Argentina encontrado no celular de Bolsonaro configure possibilidade de fuga do Brasil e afirmou que o relatório de indiciamento da Polícia Federal "é uma peça política" com o objetivo de "desmoralizar" o ex-presidente.
Os advogados de Bolsonaro disseram ainda que o relatório de indiciamento da Polícia Federal é parcial, pois "a mesma PF foi responsável pela triagem de todas as mensagens que foram utilizadas pela acusação no processo penal".
Mesmo proibido de usar redes sociais, Jair Bolsonaro compartilhou centenas de mensagens e vídeos com apoiadores via WhatsApp, segundo o relatório da PF. No entanto, a defesa alega que ele nunca esteve proibido de utilizar o aplicativo de troca de mensagens privadas.
A defesa também ressaltou que o ex-presidente sempre cumpriu as cautelares determinadas pelo STF e pediu a reconsideração da prisão domiciliar que Bolsonaro cumpre desde 4 de agosto.
Bolsonaro e o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo, foram indiciados pela PF no inquérito das sanções dos Estados Unidos. Após receber o relatório de indiciamento, Moraes enviou o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá ao órgão decidir se Bolsonaro e Eduardo serão denunciados ao STF.
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