12/08/2025 às 19:03
Ministério Público investiga influenciador por vídeos com adolescentesA Loteria da Paraíba (Lotep) informou que a empresa de rifas e sorteios que teve pedido de suspensão protocolado não pertence ao influenciador paraibano Hytalo Santos, investigado por exposição de menores nas redes sociais. As informações foram confirmadas pela própria Lotep em nota enviada ao g1. Na segunda-feira (11), o Ministério Público da Paraíba (MPPB), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Civil pediram à Lotep que suspendesse a empresa de rifas e sorteios, sob a alegação de que ela era de propriedade do influenciador Hytalo Santos e a suspeita do uso irregular de imagens de menores de idade em conteúdos digitais veiculados para promover a marca. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PB no WhatsAppA Lotep disse que o influenciador atuou somente apenas como divulgador contratado pela empresa FM Agenciamento Publicitário & Intermediação de Negócios. Essa atuação foi autorizada pela loteria, em contrato de publicidade firmado entre as partes. Conforme a nota, uma autorização foi expedida para que fosse realizado um sorteio de produtos exclusivamente para o dia 21 de março deste ano. Atualmente, não há sorteios autorizados pela para o produto “Fartura de Prêmios” que tenham contrato de publicidade com o influenciador. Um novo pedido da empresa foi protocolado para realização de um novo sorteio, com Hytalo Santos, para o dia 7 de agosto, no entanto, essa solicitação foi negada pela Lotep "por não atender aos critérios técnicos exigidos". A nota da Lotep ainda ressalta que a autarquia não concorda com "práticas que envolvam a exploração de menores de idade e atua de forma rigorosa para garantir que todas as atividades lotéricas autorizadas sigam os princípios do jogo responsável, ético e legal". Desde a sexta-feira (8), a conta do influenciador no Instagram está fora do ar, após o humorista Felca ter denunciado suposta exploração de menores de idade feita pelo paraibano.LEIA TAMBÉMConselho Tutelar diz que pais "autorizaram" a exposição dos menores de idadeQuem é Hytalo Santos, influenciador denunciado por Felca por exploração de menoresQuem é Felca, youtuber que denunciou o influenciador Hytalo SantosJustiça manda bloquear perfis de Hytalo nas redes sociais e proíbe contato com menoresInfluenciador Hytalo Santos pode perder acesso à todas as redes sociais e não ter contato com menores citados nas investigações de exposição de adolescentesRedes SociaisA Justiça da Paraíba mandou bloquear, nesta terça-feira (12), o acesso de Hytalo Santos às redes sociais e também proibiu o influenciador de ter contato com menores de idade citados no processo que o investiga pela exposição dos menores em vídeos com conteúdo sexual. A decisão é em caráter provisório.O pedido foi feito pelo Ministério Público da Paraíba, em uma ação civil pública. Na ação, além dos dois pedidos, a promotora Ana Maria França solicita também que os vídeos de Hytalo que já estão no ar em diversas redes sociais sejam desmonetizados, ou seja, não possam dar retorno financeiro para o influenciador paraibano. A Justiça também acatou o pedido para desmonetizar os conteúdos.A ação civil pública é assinada por uma das promotoras que investigam o caso, Ana Maria França, que responde pela promotoria da cidade da cidade de Bayeux. Uma outra investigação, feita pelo promotor de João Pessoa, também segue em curso e informou que o relatório do inquérito vai ser finalizado na próxima semana.Para o g1, o MP confirmou que Hytalo Santos foi ouvido, em Bayeux, em 30 de maio de 2025, neste braço do processo. As vítimas, "por questões de evitar revitimização", não foram ouvidas, porque já tinham sido interrogadas no processo em João Pessoa.Influenciador dava celulares e pagava aluguel de casas, diz MPInfluenciador Hytalo Santos dava celulares e pagava aluguel de casas, diz MPAscom/MPPBO influenciador paraibano Hytalo Santos dava celulares, pagava aluguel de casas e também a mensalidade de colégios para familiares de menores que apareciam em 'reality' nas redes sociais.Ao g1, um dos promotores do caso, João Arlindo Côrrea, informou que o MP investiga um possível esquema de benefícios para familiares dos menores em troca de emancipação dos adolescentes que participavam desses vídeos. Essa possibilidade foi levantada a partir de depoimentos durante o processo."O que ele fazia não necessariamente era em relação a criança. 'Olha, o senhor emancipa o adolescente que eu vou custear o colégio da pessoa, etc', não. Mas, por exemplo, há informes de que ele dava iPhones, alugava casa (para os familiares)...", ressaltou.O promotor explicou também que a investigação tenta descobrir se existe alguma relação entre os “presentes” e o fato de alguns adolescentes terem conseguido a emancipação para aparecer nos vídeos. Mas, segundo ele, fazer essa conexão é "difícil", principalmente devido à anuência dos responsáveis.Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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