23/07/2025 às 21:53
O Brasil condenou o uso de tarifas arbitrárias que ameaçam a economia global. A declaração ocorreu durante reunião do Conselho Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça.
A delegação brasileira registrou profunda preocupação com o uso de medidas comerciais unilaterais como instrumento de interferência nos assuntos internos de outros países.
Segundo secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Philip Gough, estamos vivendo um ataque sem precedentes ao sistema multilateral do comércio e à credibilidade da OMC. Para o diplomata brasileiro, a violação das regras de comércio internacional está levando a uma mudança extremamente perigosa do uso de tarifas para interferir nos assuntos internos de outros países.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, em 9 de junho, taxação de 50% para importação de produtos brasileiros, afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro não deve ser julgado pela tentativa de golpe de Estado, além de alegar uma injusta relação comercial com o Brasil.
A delegação brasileira reafirmou que o país é uma democracia estável, com separação dos Poderes e respeito às normas internacionais. O Itamaraty reiterou que o Brasil prioriza soluções negociadas, mas que, em caso de fracasso, recorrerá aos meios legais disponíveis para defender a economia e o povo brasileiro.
O Brasil também defendeu que os países dobrem seus esforços para uma reforma estrutural do sistema multilateral de comércio e a recuperação plena do papel da OMC como esfera para resolução de disputas comerciais entre os países. A diplomacia brasileira reforçou que ainda há tempo de salvar o sistema multilateral de comércio.
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