14/07/2025 às 12:42
O tema propõe uma reflexão sobre a libertação política, cultural, econômica e social da região, valorizando os saberes e a autonomia dos povos amazônicos. Nas mostras competitivas, 21 filmes, entre curtas e longas, concorrem ao Troféu Coxiponé. A premiação foi inspirada na etnia Bororo, que habitava as margens do Rio Coxipó e é símbolo da resistência cultural em Mato Grosso.
Nascido em Portugal, em 1886, Silvino imigrou para o Brasil no início do século XX, tornando-se um dos pioneiros do cinema e da fotografia no país. Entre suas obras, destaca-se o documentário “Amazonas, o Maior Rio do Mundo”, filmado entre 1918 e 1920. A obra, que é considerada o primeiro longa-metragem genuinamente amazônico, foi encomendada pelo governo do Amazonas para a Exposição Internacional de Sevilha.
Este marco do cinema brasileiro capturou a grandiosidade do rio Amazonas através de técnicas inovadoras para a época, incluindo tomadas aéreas pioneiras que revelavam a imensidão da paisagem. O filme, que ficou perdido por quase um século, foi redescoberto em 2023, na República Tcheca, e será exibido nesta segunda, durante a cerimônia de abertura do Cinemato.
O festival também terá o Prêmio Especial Dira Paes, instituído na última edição, e que será concedido a uma mulher selecionada pela curadoria em reconhecimento ao seu trabalho de resistência, defesa do meio ambiente, empoderamento feminino e contribuição para o desenvolvimento do audiovisual.
Os ingressos e a programação completa, que inclui mostras paralelas, seminário e oficinas, estão disponíveis no site do festival.
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