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Ceará tem primeiro hemocentro com registro para sangue raro no Brasil

Rádio Agência

04/07/2025 às 14:39

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O Hemocentro do Ceará (Hemoce) é o primeiro do país e também o primeiro da América Latina a integrar o Registro Internacional de Sangue Raro, sediado em Bristol, na Inglaterra, e gerenciado pela Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue. 

Na prática, com esse registro, o centro passa a ser referência na área, o que possibilita o envio e recebimento de bolsas de sangue raro para qualquer país do mundo. A certificação amplia o alcance dos doadores cadastrados no Ceará em nível global, e reforça o recebimento de bolsas de sangue raro vindas de outros países para os pacientes assistidos pelo centro. 

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Segundo a diretora técnica do Hemoce, Denise Brunetta, a frequência de pessoas que possuem sangue raro é muito baixa entre a população geral, com um indivíduo a cada mil indivíduos ou menos. Ela explica o que é esse tipo sanguíneo:

"É difícil a gente falar de sangue raro sem entender muito bem o que é que acontece em relação ao glóbulo vermelho que a gente chama de hemácia. O glóbulo vermelho tem na sua superfície vários pedacinhos que são chamados de antígenos. Quando um indivíduo é sangue raro, normalmente ele falta um ou vários pedacinhos que estariam presentes na maioria dos indivíduos da população. Quando falta essa pecinha, a gente chama de sangue raro."

Denise Brunetta diz que, após a identificação do indivíduo com sangue raro no Hemoce, ele recebe orientações sobre questões de transfusão e doação, e seu nome é incluído no registro nacional e internacional.

"Vai ser uma doação normal. Só que ele vai ser orientado, depois da confirmação, que só doe se convocado pelo Hemoce. Porque pode ser que ele tenha doado recentemente, a bolsa já tenha sido transfundida e algum indivíduo, que era inicialmente no Brasil, mas agora no mundo, pode precisar do sangue desse doador, ele precise doar e não possa por conta do período entre uma doação e outra."

De acordo com a diretora técnica do Hemoce, esse doador com sangue raro é orientado também a trazer seus irmãos para doação. Se ele tiver algum problema de saúde, deve falar para o médico que tem sangue raro, para que entre em contato com a equipe do Centro de Hematologia e seja orientado caso necessite de cirurgias e transfusões.

Atualmente, o Hemoce possui cerca de 700 doadores identificados com fenótipos sanguíneos raros, distribuídos em todo o estado. A unidade de saúde cearense é responsável por aproximadamente 50% dos envios de bolsas de sangue raro no Brasil, conforme a demanda nacional.

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