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Médica fala sobre como agir em casos de acidentes com rojões

Rádio Agência

27/06/2025 às 17:00

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O mês de junho é marcado pelas tradicionais festas juninas. Só que é preciso tomar cuidado. A ideia é aproveitar os festejos sem se machucar.

A médica Carolina Sena, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão e presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Amazonas, alerta sobre os riscos. Em acidentes com fogos de artifício, por exemplo, as mãos são frequentemente atingidas. Além de queimaduras graves, também podem ocorrer casos de amputações.

“Esses rojões são explosivos, realmente estouram a mão. Queimadura na mão é considerado uma lesão grave que via trazer consequências bem grandes e duradouras”.

A médica orienta que, no caso de acidentes, a vítima seja levada imediatamente a uma unidade de saúde.

“Rojão muitas vezes já vai com amputação ou corte importante. Envolve num pano e vai pro pronto-socorro. Lembrando que queimadura em mão, pé, região genital e rosto é urgente. Já tem que ir pro pronto-socorro”.

No caso de acidente que resulte em amputação de um membro, saber o que fazer, diz a especialista, pode ser decisivo para uma tentativa de reimplante ou, até mesmo, para salvar a vida da vítima.

“Que que o paciente tem que fazer? Lava a região amputada com água corrente, vai envolver num pano limpo, coloca dentro de um saquinho, aí sim que vai colocar dentro de um copo com gelo. A parte amputada não pode ter contato com o gelo, porque a gente sabe que o gelo também queima. Então, fica muito mais difícil a recuperação. Depois de colocar num saco, vai levar num pronto-socorro e os cirurgiões de mão vão fazer o reimplante”.

Também é importante não deixar crianças desacompanhadas perto de fogueiras, alerta a especialista.

“Tem uma faisquinha perto, elas vão pular, caem e se machucam. Caem com a mão espalmada e acabam, até pra tentar se levantar, e acabam queimando. Já tive um caso desses: uma criança de dois anos, com uma queimadura da mão por causa disso. E a brincadeira em volta da fogueira... a pessoas usam essas roupas que têm muito fio e podem levar à queimadura. A gente recomenda pra dar prioridade para as roupas de algodão, que é menos inflamável”.  

Dados do Ministério da Saúde apontam que, somente nos três primeiros meses do ano, o Sistema Único de Saúde registrou 628 atendimentos ambulatoriais e hospitalares por queima de fogos de artifício, média de sete por dia.

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