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UFC pesquisa uso do líquido da castanha de caju na siderurgia

Rádio Agência

18/06/2025 às 09:33

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O LCC, líquido da castanha de caju, pode agora desempenhar um papel estratégico na siderurgia. É que pesquisadores da UFC patentearam a utilização do óleo na criação de aglomerantes para processos siderúrgicos. O professor Diego Lomonaco, do departamento de química orgânica e inorgânica da UFC, diz como surgiu a ideia:

"Surgiu pela busca de soluções mais sustentáveis para a indústria siderúrgica, especialmente no que diz respeito aos finos de minério. Eles são resíduos, que eles precisam ser aglomerados e e hoje são feitos em alta temperatura, o que gera muita emissão de gás carbônico. A nossa ideia foi encontrar então uma alternativa mais limpa, mais econômica, de ligar, de colar esses minérios. Então nós utilizamos o LCC, que é um resíduo da agroindústria do Caju. A gente acabou descobrindo que o LCC tinha um enorme potencial e durante esses vários anos de pesquisa, né, nós acabamos chegando aí numa formulação única combinando o LCC com outros ingredientes sustentáveis também e criando uma alternativa bem interessante ao que existe hoje no mercado".

Vantagens realmente são muitas para a indústria e para o meu ambiente. O LCC, ele vai atuar como um aglomerante, é um aglomerante chave, formando os briquetes, que são os produtos são chamados desse aglomerado e eles poderiam substituir os atualmente utilizados, que são os sinter e a pelota que causam realmente um grande impacto ambiental. A tecnologia foi desenvolvida durante o doutorado do estudante Leandro Miranda, sob orientação do professor Diego Lomonaco. O docente cita outras vantagens do líquido da castanha de caju.

"O LCC reduz as emissões de gases poluentes, uma vez que ele é sustentável, ele é renovável e ele também não necessita de outros combustíveis. Então ele acaba também não gerando cinzas e simplificando todo o tratamento de resíduos dentro do processo. E por ser uma um subproduto caju, uma biomassa mudante, ele tem um custo realmente bem menor. Nossa ideia realmente foi fazer um processo que ele fosse facilmente assimilável, então o a gente pode dizer que o processo ele é realmente um plug and play, né, adaptando facilmente às exigências de qualquer indústria hoje que utiliza esse tipo de tecnologia".

O líquido da castanha de caju, ao contrário de aglomerantes sintéticos ou minerais usados na siderurgia, é livre de óleos óxidos ácidos como sílica, óxido de alumínio e álcalis, impurezas prejudiciais aos reatores metalúrgicos. O professor Diego Lomonaco, do departamento de química orgânica e inorgânica da UFC, destaca a parceria para o início do evento e explica o próximo passo.

"O objetivo agora é que a gente consiga transportar esse essa tecnologia para o mercado, dar um ar mais sustentável para a siderurgia. E é importante destacar aí a interação que houve entre o setor público privado, essa tecnologia foi desenvolvida com uma parceria exemplar, tá? entre a Universidade Federal do Ceará e a empresa Regenera, que é voltada a soluções sustentáveis e a Prorad, que é voltada na consultoria da área de siderurgia e mineração. Essa siderurgia, ela foi realmente muito importante, ela juntou ciência ou tecnologia com viés realmente de comercialização".

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