11/06/2025 às 11:00
Bom, a primeira coisa, segundo o cardiologista e médico do esporte, Daniel Kopiler, é procurar um médico para fazer exames e avaliar o histórico da pessoa. Principalmente quando se pretende partir para distâncias mais longas, como os 42 quilômetros das maratonas, ou os 21 das meia maratonas. Para ele, muitas vezes, um eletrocardiograma pode ser o suficiente para detectar algum problema.
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"A gente tem que lembrar que além das doenças estruturais do coração, muitas pessoas - jovens inclusive - para melhorar a performance usa alguns tipos de substâncias que também podem levar a uma facilidade maior que tem um evento de uma arritmia como anabolizantes, drogas entre outras coisas. Então a gente tem que estar muito atento não só às doenças estruturais do coração, mas também é aos hábitos das pessoas."
Além de exames médicos, é preciso também ter consciência dos limites. Não aumentar o volume rapidamente, antes do corpo estar adaptado. Para o mestre em Biodinâmica do Movimento pela USP e especialista em corrida de rua, Cleber Guilherme, não se trata apenas de um tênis no pé e um sonho na cabeça.
"Para participar de uma meia-maratona, o corredor deveria já ter uma experiência em provas de 5km, 10 km e também um tempo adequado de preparação. E o que nós vemos muitas vezes hoje são corredores participando de provas de meia-maratona, de maratona sem ter uma bagagem esportiva sem ter o tempo ideal de preparação."
O cardiologista Daniel Kopiler, ainda reforçou: casos como os que ocorreram no Rio Grande do Sul e em Goiás não são habituais. Mesmo assim, não dispensam a necessidade de acompanhamento médico. Claro que, o pior dos cenários, segundo os especialistas, é não fazer atividade nenhuma, mas o acompanhamento profissional é fundamental.
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