28/05/2025 às 19:33
O presidente Lula concedeu a Ordem de Rio Branco como homenagem póstuma a Eunice Paiva, advogada e esposa do ex-deputado federal Rubens Paiva, que teve a vida marcada pela luta em defesa das liberdades democráticas e contra a opressão da ditadura militar brasileira. A medida foi publicada, nesta quarta-feira (28), no Diário Oficial da União.
A trajetória de Eunice e de Rubens Paiva ganhou grande visibilidade com o filme Ainda Estou Aqui, vencedor de dezenas de prêmios, entre eles o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.
O ex-deputado foi levado de casa em 1971 e morto pela ditadura militar. Eunice, que também foi presa, mas liberada em poucos dias, foi incansável em buscar respostas sobre o destino do marido.
O corpo de Rubens nunca foi localizado. Somente 25 nos depois, o Estado brasileiro reconheceu a morte do político.
Além de ser considerada um exemplo de coragem em busca da memória, verdade e justiça pelas vítimas do regime de exceção que durou 21 anos, Eunice Paiva foi uma das pioneiras na luta pelos direitos dos povos indígenas do Brasil.
A condecoração dedicada à Eunice Paiva leva o nome do patrono da diplomacia brasileira, o Barão do Rio Branco, e é entregue àqueles que se distinguem por serviços meritórios e virtudes cívicas.
Em janeiro deste ano, o governo federal anunciou a criação do Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia. A ideia é dar visibilidade a pessoas que colaboram de forma notória para a preservação do regime democrático do Brasil. O prêmio será concedido anualmente pelo Observatório da Democracia da Advocacia-Geral da União.
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