Sousa/PB - 
20/05/2025 às 19:54
Com 144 casos registrados no ano passado, o número de agressões contra jornalistas caiu 20,44%, na comparação com 2023, que teve 181 casos.
Os dados fazem parte do Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil 2024, divulgado nesta terça-feira (20) pela Fenaj, a Federação Nacional dos Jornalistas.
Apesar do número de agressões contra jornalistas ser o menor desde 2018, a redução numérica não significa um ambiente mais seguro para o exercício da profissão. O alerta foi feito pela presidente da Fenaj, Samira de Castro, durante o lançamento do relatório na Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados.
“A gente teve, sim, uma redução de casos em 2024, mas essa violência persistente sugere que nós precisamos reduzir esses números porque ela está, de certa forma, se estruturando na sociedade brasileira. Então, virou comum atacar jornalista”.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Reimont, do PT do Rio de Janeiro, ressaltou a importância da liberdade de expressão e de imprensa.
“Quando um jornalista é violado no seu direito, todos somos violados. Eu disse ‘todos somos’, e eu não sou jornalista. 'Todos somos' é para dizer que todos aqueles que são amantes da democracia são violados no seu direito”.
Mais de 40% dos ataques foram promovidos por políticos, assessores e seus apoiadores e entre as ocorrências mais comuns estão agressão física, com 20,83% e assédio judicial, com 15,97%.
Outro dado preocupante é o crescimento de 120% nos casos de censura, que saltaram de 5 para 11 episódios no período, impulsionados, sobretudo, por decisões judiciais e pressões de agentes públicos.
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