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Brasília

Marcos Pontes desafia apoio de Bolsonaro a Alcolumbre e lança candidatura independente à presidência do Senado

Pontes anunciou a candidatura nesta terça-feira (29) com uma promessa de priorizar as necessidades da população brasileira

Por Pereira Jr. • Articulista Polí­tico

30/10/2024 às 07:40

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Imagem Senador, Marcos Pontes

Senador, Marcos Pontes ‧ Foto: Agencia Senado

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Com uma decisão que promete mexer nas articulações para a presidência do Senado, o senador Marcos Pontes (PL-SP) lançou sua candidatura à liderança da Casa, em uma aposta de renovação e ação para o Senado Federal. A corrida, que será decidida em fevereiro de 2024, adquire contornos ainda mais complexos pela declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em favor do senador Davi Alcolumbre (União-AP).

Pontes anunciou a candidatura nesta terça-feira (29) com uma promessa de priorizar as necessidades da população brasileira, defendendo um Senado mais atuante. “Nosso povo quer ver mudança e ação. O Senado não pode mais ser palco apenas de discursos e inércia”, afirmou Pontes, sinalizando que sua candidatura se coloca como uma opção de oposição à linha governista, que apoia Alcolumbre.

A movimentação de Bolsonaro, ao visitar o Senado recentemente, indicou Alcolumbre como seu candidato preferido, referindo-se a ele como o “presidente do futuro” e pontuando a importância de fortalecer a presença do Partido Liberal (PL) nas comissões estratégicas do Senado. Em um gesto de cautela, Bolsonaro deixou em aberto seu apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara, afirmando que, apesar de preferências, não pretende interferir diretamente nas decisões de bancada.

Com o apoio formal de cinco partidos — União Brasil, Republicanos, PP, PSB e PDT — Alcolumbre já assegurou, até agora, ao menos 25 votos no Senado. Porém, a candidatura de Pontes pode dividir opiniões e conquistar o apoio de senadores que defendem uma renovação mais profunda no Senado e que resistem à aliança entre Alcolumbre e Bolsonaro. O cenário desenha, assim, uma disputa acirrada, onde questões de governabilidade, oposição e independência da Casa se tornarão elementos-chave na definição de votos.

A divisão dentro do PL e a articulação dos partidos nos próximos meses indicarão as inclinações e o desfecho desta eleição, que trará impactos para a agenda legislativa e política de 2024.

Por Pereira Júnior

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