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Trump anuncia tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e cita Bolsonaro em carta a Lula

O Brasil não está sozinho nas novas sanções comerciais

Da Redação Repórter PB

09/07/2025 às 20:40

Imagem Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva ‧ Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que os EUA aplicarão uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A decisão eleva o tom da ofensiva comercial de Trump contra países que, segundo ele, adotam posturas que “prejudicam os interesses norte-americanos”.

O anúncio foi feito durante evento com líderes da África Ocidental na Casa Branca. Ao justificar a medida, Trump afirmou que “o Brasil não tem sido um bom exemplo para nós. Nada bom, aliás. Vamos divulgar um número para o Brasil”. Minutos depois, o percentual de 50% foi confirmado pela Casa Branca.

Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Trump citou diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro e expressou preocupação com o que classificou como “ataque a eleições livres e à liberdade de expressão” no Brasil. O republicano, que se aproxima de uma nova candidatura presidencial, tem dado declarações em defesa de Bolsonaro em fóruns internacionais.

O Brasil não está sozinho nas novas sanções comerciais. Trump vem ampliando tarifas a países como Japão, Coreia do Sul, Argélia, Brunei, Líbia, Moldávia, Filipinas e Iraque, com alíquotas que chegam a 30% — agora superadas pela taxa imposta ao Brasil. Segundo ele, as tarifas são uma resposta a déficits comerciais e ao alinhamento político desses países com blocos como o Brics.

O presidente norte-americano reafirmou que as chamadas tarifas “recíprocas” começarão a ser cobradas em 1º de agosto, “sem prorrogações”.

O Brasil mantém superávit comercial com os EUA e exporta principalmente aço, petróleo, celulose, produtos agrícolas e minérios. A elevação da tarifa pode:

- Reduzir a competitividade dos produtos brasileiros no mercado norte-americano;
- Aumentar os custos logísticos com eventual redirecionamento de exportações;
- Reacender disputas na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Até o momento, o governo brasileiro não se manifestou oficialmente. 

Fonte: hora Brasília

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