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Placas Solares

Ouro do setor elétrico: Energia solar é a que mais gera oportunidades de emprego

A família da jornalista Gabriela Tavares Vale, 23 anos, por exemplo, foi uma das primeiras que resolveu apostar nas placas solares na construção da casa, no Distrito Federal.

Da Redação Repórter PB

14/07/2020 às 08:54

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Há alguns anos a instalação de placas solares em casa era algo distante da realidade de muitos brasileiros por causa do alto custo. Agora, o Brasil entrou para o grupo de 20 países líderes em energia solar no mundo. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), os sistemas de geração de energia solar, instalados nos telhados de residências e empresas, atingiram 3 GW de potência instalada no país, o que é suficiente para abastecer 1,2 milhão de casas.

A família da jornalista Gabriela Tavares Vale, 23 anos, por exemplo, foi uma das primeiras que resolveu apostar nas placas solares na construção da casa, no Distrito Federal. "Não é barato e, na época, ainda era algo novo, mas meu pai investiu. Direcionamos a conversão da energia captada para o aquecimento de água", conta Gabriela.

Além da água quente - às vezes, até demais - a geração de energia alivou o bolso da família. “Tivemos uma redução muito grande na conta. Antigamente, vinha R$ 150 ou 200. Hoje não passa de R$ 100”, relata a brasiliense. O plano, agora, é usar a capacidade de produção em outros equipamentos, como televisão, iluminação e outros eletrodomésticos. "Nos dias de muito sol, captamos bastante energia e poderíamos utilizar para todas essas coisas ao mesmo tempo”, explica Gabriela.

Além de economia, a energia solar também gera empregos

Não são só as casas brasileiras que têm se beneficiado. Além de energia, a tecnologia elétrica solar também gera empregos. De acordo com a associação, em 2019, o setor gerou ao Brasil R$10,7 bilhões em novos investimentos e mais de 63 mil empregos.

Para o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, a energia renovável é um agente transformador que pode reduzir o desemprego.

“Em um país com cerca de 13 milhões de desempregados, a energia solar fotovoltaica é um investimento estratégico para a geração de emprego e renda, inclusive em regiões remotas do Brasil”, avalia.

Quem atua no setor elétrico tem se especializado cada dia mais e buscado por profissionais experientes, já que a tendência é de crescimento do mercado. Por isso, cursos de qualificação nesta área estão em alta. Dos 24 cursos voltados para energias renováveis no Serviço Brasileiro de Aprendizagem Industrial (SENAI), 14 se dedicam à energia solar.

Foi em um deles que o hoje estudante universitário Vinícius Paiva de Araujo, 18 anos, se inscreveu em 2016, quando ainda cursava o ensino médio. “Sempre tive muito interesse pela questão física mesmo de como funciona uma placa solar, o que acontece dentro dela pra gerar energia e como as pessoas podem fazer pra melhorar essa tecnologia”, conta o jovem.

Vinícius concilia o curso técnico de Eletricista de Sistemas Fotovoltaicos, no SENAI/DF, com a faculdade de Estatística, na Universidade de Brasília (UnB). O jovem se interessou tanto pelo assunto que ele pretende trocar a Estatística pela Engenharia Elétrica, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A ideia é se especializar mais para atuar no setor elétrico. “Ainda tem muita coisa pra descobrir e aprimorar nesse mercado de trabalho. Ele ainda é, relativamente, novo e tem espaço para crescer”, afirma o estudante, que conta com o apoio da família.

O SENAI vai ampliar a oferta de cursos voltados para energia solar
De olho na ascenção da profissão, o SENAI vai ampliar a oferta de cursos em energia solar para novos estados, como Mato Grosso, Santa Catarina, Amapá, Amazonas e Piauí. A iniciativa é fruto da parceria com a ABSOLAR, o Ministério de Minas e Energia (MME) e com a Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ, na sigla em alemão), por meio da iniciativa Profissionais para Energias do Futuro.

Ronaldo Koloszuk explica que a iniciativa conjunta reforça a responsabilidade das instituições parceiras com a capacitação de qualidade e continuada dos profissionais do setor.

“Com o mercado crescendo exponencialmente, existe uma demanda elevada no setor por profissionais capacitados para instalar sistemas em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais, prédios públicos e em usinas de grande porte”, destaca Koloszuk.

Profissionais investem no setor e constrem o próprio negócio

O engenheiro eletricista Leonardo Alves Coelho, 38 anos, se lançou no mercado de energia solar em 2017. Com um sócio, fundou a Lumiere Energia, especializada em soluções com energias sustentáveis. “Demorou um pouco até eu fechar o primeiro serviço, mas depois deslanchou”, conta Leonardo. Aos poucos, a empresa construiu reputação e uma carteira variada de clientes, desde residências à empresas. De acordo com a Lumiere, o investimento feito se paga em até 7 anos e os sistemas têm vida útil de até 25 anos.

Hoje, a empresa conta com três equipes fixas, formadas por profissionais autônomos, que precisam conhecer as exigências de segurança para atuar na empresa. “Fornecemos equipamentos de proteção individual (EPIs), mas o conhecimento das normas é fundamental, nós exigimos os certificados. Na maioria dos serviços é necessário um eletricista formado e alguns auxiliares”, explica o engenheiro. A meta dele é contratar mais colaboradores e expandir a atuação da Lumiere Energia para todo Brasil até 2023.

 

Fonte: Repórter PB

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