
24/10/2025 às 20:48
Após 20 anos de luta, 45 famílias do Assentamento Irmã Dorothy, situado na cidade de Quatis, no Sul Fluminense, foram selecionadas para assinar com o Incra, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, os Contratos de Concessão de Uso. Com isso, finalmente será regularizada a moradia na região.

O Incra também firmou contratos de crédito, de R$ 8 mil por família, com desconto de 90% no valor a ser restituído pelos beneficiários, desde que pago dentro do prazo de três anos.
A diretora do Movimento dos Sem Terra no Rio de Janeiro, Eró SIlva, explica que agora é preciso avançar nas condições do assentamento, e relembra o longo tempo de espera, cerca de 20 anos.
A longa espera é um padrão em outras regiões ocupadas do Rio de Janeiro, como explicou Eró Silva.
Até a regularização agora, o Assentamento Irmã Dorothy foi desapropriado em 2006, no primeiro governo do Presidente Lula. Depois, em 2014, a Justiça concedeu a imissão (termo jurídico) de posse do imóvel ao Incra.
Em 2015 foi finalmente criado o Assentamento, que ganhou o nome da missionária norte-americana Dorothy Stang, famosa por seu ativismo contra a grilagem de terras e o desmatamento, e em defesa dos pequenos agricultores. Ela foi assassinada em 2005 no Pará, após 45 anos de luta no Brasil.
*Com colaboração do estagiário João Barbosa
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