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Haddad: sufocar finanças é modo de chegar a chefes do crime organizado

Rádio Agência

27/09/2025 às 15:43

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Dois dias depois de anunciar a criação de uma delegacia da Receita Federal para combater o crime organizado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou: é o sufocamento das finanças das quadrilhas, não são só as prisões que vão permitir que se chegue no “andar de cima”, em quem manda nesses esquemas.

“O grande lance da inteligência é chegar no andar de cima do crime organizado. É bloquear o dinheiro do crime organizado, porque ele se organiza a partir do dinheiro. Tem que punir? Tem, mas tem que sufocar.”

E ainda complementou dizendo que o grau de sofisticação do crime começa a invadir setores organizados da economia, deixando o Estado vulnerável, fazendo referência à Operação Carbono Oculto e à Operação Spare, que desarticulou um esquema ligado ao mercado de combustíveis, fintechs e o PCC - o Primeiro Comando da Capital.

Ao participar do podcast 3 Irmãos neste sábado (27), Haddad ainda disse que bancos, fintechs e outras instituições têm sido alvo de ataques hackers, o que pode trazer prejuízos bilionários ao país.

E voltou a falar que a Reforma Tributária sobre o consumo é o que vai tirar o país do caos tributário:

“Nós tínhamos que fazer uma reforma do imposto sobre o consumo porque nós estamos no caos tributário. Eu vou te dar um dado oficial do Banco Mundial: o Banco Mundial avaliou 190 sistemas tributários. O nosso estava entre os 10 piores, estava em 184. É um dos piores do mundo.”

Segundo ele, é preciso começar pelo IVA, o Imposto sobre Valor Agregado:

“O IVA desonera investimento, desonera exportação, nivela os tributos intersetoriais, acaba a guerra fiscal entre os estados, diminui a sonegação, aumenta a base de arrecadação. Depois do IVA, eu vou conseguir saber exatamente que eu tenho uma alíquota para consumo e uma alíquota em relação à renda. Aí a sociedade vai poder discutir o seguinte: vamos aumentar um pouquinho sobre renda para diminuir, vamos fazer um vaso comunicante aqui, o que eu arrecadar mais aqui, eu diminuo a alíquota do consumo.”

Sobre a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, Haddad, disse que a briga agora é para aprovar a compensação dessa isenção:

“Tem gente que não consome nada e está aí com déficit calórico e tem gente comprando iate de meio bilhão de dólares. Vamos buscar um equilíbrio para as pessoas viverem bem, para terem tempo e trabalharem.”

A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil deve ser votada na Câmara dos Deputados na quarta-feira (1º).

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