14/08/2025 às 19:30
O presidente Lula criticou, nesta quinta-feira, a decisão dos Estados Unidos de revogar os vistos de funcionários do governo brasileiro que participaram do Mais Médicos, e saiu em defesa do programa, que teve inicialmente parceria com Cuba.
Nessa quarta, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou o cancelamento dos vistos de Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério e atual coordenador-geral da COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.
Lula afirmou que a criação do Mais Médicos foi necessária para cobrir os vazios assistenciais que existem no país. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o programa mudou de nome e foi reformulado. Neste terceiro governo Lula, a iniciativa foi ampliada.
Lula falou sobre a sanção dos Estados Unidos durante a cerimônia de inauguração de dois blocos de produção de medicamentos hemoderivados da Hemobrás, em Goiana, Pernambuco.
A participação de médicos cubanos no Mais Médicos, via cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde, durou de 2013 a 2018.
Cuba tem esse programa de cooperação desde a década de 1960. Ao longo desse período, mais de 605 mil médicos do país atuaram em 165 nações. De acordo com dados do Ministério da Saúde cubano, países como Portugal, Ucrânia, Rússia e Espanha, Argélia e Chile receberam médicos cubanos ao longo de mais de seis décadas.
Os Estados Unidos impõem há mais de 60 anos um duro bloqueio econômico à ilha caribenha, com o objetivo de mudar o regime político do país, estabelecido após a Revolução de 1950.
Desde o seu segundo mandato, Donald Trump tenta constranger os países que recebem profissionais cubanos.
Com informações da Agência Brasil
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