13/08/2025 às 23:03
As defesas do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do ex-ministro da Defesa Braga Netto e do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, Alexandre Ramagem apresentaram, nesta quarta-feira, suas alegações finais no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal pela suposta participação na trama golpista dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
No documento enviado o STF, Torres afirma que não cometeu crime e pediu a rejeição da denúncia com base na alegação de incompetência do Supremo para julgar o caso, na fragilidade das acusações relacionadas às ações antidemocráticas e na ausência de omissão dolosa enquanto era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal durante os ataques à Praça dos Três Poderes.
A defesa do general Braga Netto classificou como "risível" o plano "Punhal Verde Amarelo", que previa o assassinato de autoridades, e declarou que as acusações da Procuradoria-Geral da República seriam baseadas em "provas ilícitas", "deturpações" e "ilações”. Os advogados de Braga Netto também apontaram uma suposta falta de imparcialidade do ministro relator, Alexandre de Moraes, para pedir a nulidade do processo.
O deputado federal e ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem negou envolvimento em qualquer tentativa de golpe de Estado e sustentou que jamais participou de discussões para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022. A defesa de Ramagem afirmou também que ele não autorizou qualquer operação ilegal de inteligência e alegou que está sendo alvo de perseguição política por ter ocupado cargo de confiança na gestão Bolsonaro.
Ramagem, Torres e Braga Netto estão sendo acusados, entre outros crimes, de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
As alegações representam a última manifestação dos réus antes do julgamento que pode condenar ou absolver os acusados.
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