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Mortalidade infantil no Brasil caiu 94% em 75 anos

Rádio Agência

16/07/2025 às 16:29

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Em 1950, a cada 100 crianças que nasciam no Brasil, 16 morriam antes de completar um ano de vida. Hoje, apenas uma morre nesta condição. Os dados são apresentados pelo Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, que celebra 75 anos no Brasil e lança nesta quarta-feira (16) o livro “UNICEF, 75 anos pelas Crianças e pelos Adolescentes – Uma História em Construção” e a exposição “Passos para o Amanhã”, durante evento comemorativo no Palácio Itamaraty, em Brasília.

De acordo com a instituição, o resultado se deve a diversos fatores, como o Programa Agentes Comunitários de Saúde, o Programa Saúde da Família e a expansão da rede pública de saúde. Além disso, foi criado o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, e campanhas nacionais ganharam destaque, como a da Pastoral da Criança para a disseminação do soro caseiro como medida preventiva contra a desidratação infantil.

Mário Volpi, Chefe de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes do UNICEF no Brasil, reforça a importância da redução da mortalidade.

“O Brasil está salvando muitas crianças da mortalidade infantil, e a grande conquista foi que o país avançou para garantir que as crianças sobrevivam, especialmente aquelas que morriam por causas totalmente evitáveis, como as doenças respiratórias, a diarreia...”

Outro progresso apontado pelo fundo é na alfabetização. Em 1950, a taxa de população adulta alfabetizada era 49,5%. Em 2022, esse índice chegou a 93%, resultado de mudanças estruturais nas políticas educacionais ao longo das décadas.

Mas a instituição também destaca desafios que o país ainda precisa enfrentar, como a redução da pobreza e das desigualdades, e o enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes. Além disso, Volpi destaca a necessidade de regulação da internet.

“Temos um grande desafio de regulação das grandes empresas de tecnologia de informação e comunicação. O mundo digital precisa ser regulado para proteger crianças e adolescentes. Infelizmente, a internet se tornou um universo onde muitas crianças sofrem bullying, racismo, violências, abusos, e é preciso, então, ter um grande controle sobre isso e uma educação das próprias crianças para saberem navegar nesse universo e dos próprios pais para fazerem a mediação.”

Outros avanços necessários, de acordo com o especialista, são relacionados às mudanças climáticas e à saúde mental.

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