27/06/2025 às 17:40
O Ministério da Saúde vai aumentar em 30% o investimento no Programa Nacional de Triagem Neonatal, que inclui o famoso Teste do Pezinho. Além do aumento nos recursos, que passarão de R$ 100 milhões para R$ 130 milhões, também será firmado um acordo com os Correios para garantir o transporte das amostras do exame, o que pode diminuir pela metade o tempo médio de entrega dos diagnósticos.
Parte dos valores adicionais será destinada para apoiar os estados, por meio de centros regionais de testagem. É o que explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
"Vai montar cinco grandes laboratórios regionais do país. Esse centro regional vai ser um por região, exatamente para o estado que tem dificuldade para a gente poder contratar via esse centro regional direto."
O Teste do Pezinho é feito a partir da coleta de sangue do calcanhar do bebê, logo nos primeiros dias de vida. Atualmente, o exame faz a detecção precoce de sete doenças e condições raras, antes mesmo do aparecimento dos primeiros sintomas. Mas a meta é que 50 doenças sejam rastreadas pelo teste no futuro. Uma lei que entrou em vigor em 2022 altera o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, para prever a implantação gradual dessas outras patologias no rol elaborado pelo Ministério da Saúde.
Para o coordenador-geral de Doenças Raras do Ministério da Saúde, Natan Monsores, a ampliação do teste e as melhorias na logística anunciadas nesta semana vão fortalecer a triagem neonatal no Brasil.
"Há algumas doenças raras que estão previstas na triagem. A triagem não é diagnóstico, a triagem é um primeiro exame para avaliar possibilidade ou não de ter aquela condição. E na sequência, com a expansão desse programa, gente vai ter uma quantidade enorme de doenças sendo trazidas para esse escopo. E a gente vai melhorar e reduzir esses itinerários, essas jornadas longas dos pacientes."
Com a expansão do programa, a meta do governo é garantir diagnóstico mais rápido e acesso precoce ao tratamento para milhares de crianças em todo o país.
*Com produção de Patrícia Serrão e informações da Agência Brasil
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