Sousa/PB - 
17/06/2025 às 13:42
Os ataques entre Israel e Irã continuam intensos no quinto dia de conflito. Foram lançados 30 mísseis contra Israel nesta terça-feira (17), mas a maioria foi interceptada.
O Irã já usou mais de 400 mísseis balísticos e centenas de drones. Apesar da interceptação, 35 locais em cidades israelenses foram atingidos.
Segundo o Ministério da Saúde de Israel, 24 pessoas morreram na cidade de Haifa, ao norte, além de outras localidades no centro de país.
Nesta terça-feira, o presidente Isaac Herzog visitou um desses locais destruídos, o Instituto de Ciências Weizmann, uma das principais instituições de pesquisa médica. Até agora, são mais de 640 feridos. Mais de 2,7 mil civis israelenses tiveram que deixar suas casas.
Também nesta terça, Israel disse que matou o novo chefe do Estado-Maior iraniano, Ali Shadmani, que havia assumido logo após seu antecessor, Qolamali Rashid, ter sido morto. Ali Shadmani era descrito pelo exército de Israel como a "figura mais próxima" do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Segundo o exército, no bombardeio ao centro de comando, outros oficiais iranianos também foram mortos.
Nesse contexto de conflito contra o Irã, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu recebeu o líder da oposição Yair Lapid em seu gabinete para uma reunião sobre segurança nacional.
De acordo com a imprensa israelense, o Fórum de Reféns e Famílias de Desaparecidos, sequestrados pelo Hamas em outubro de 2023, acusa Israel de ter "abandonado" os esforços para trazer os 53 reféns de volta, e que esse assunto "desapareceu" da agenda do governo.
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Enquanto isso, as Forças Armadas Iranianas abateram nesta terça-feira (17) um caça israelense que atacava a cidade de Tabriz, noroeste do país. Esse é o quarto caça F-35 interceptado pelas defesas aéreas iranianas.
No Irã, o governo contabiliza pelo menos 224 mortos vítimas dos ataques, incluindo 35 mulheres e 10 crianças.
Para imprensa em Nova York, nessa segunda-feira, o embaixador do Irã e representante na ONU, Amir Sa'eed Iravani, acusou os Estados Unidos de serem cúmplices de Israel, que, segundo ele, tem atacado "deliberadamente áreas civis densamente povoadas". Já o ministro da Saúde iraniano fala em 1,8 mil feridos, a maioria civis, desde o primeiro ataque, em 13 de junho.
Nesta terça-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump voltou a postar nas redes sociais, dizendo que não esteve em contato com autoridades iranianas para nenhum tipo de "conversa pela paz". Trump voltou a afirmar que, se os iranianos tivessem aceitado o acordo nuclear, oferecido pelos Estados Unidos, "muitas vidas" teriam sido poupadas.
Enquanto isso, as 12 autoridades brasileiras que deixaram Israel pela fronteira com a Jordânia seguem de volta para casa. Nove estão em voo particular; outras três, em voo comercial. As informações são do senador Nelsinho Trad (PSD), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
No trajeto de volta, eles passam pela cidade de Tudak, na Arábia Saudita, de onde seguem em voo para Natal, Rio Grande do Norte, com horário de chegada ainda não confirmado. O Itamaraty monitora a situação das 27 autoridades brasileiras, além dos 56 brasileiros em missão religiosa na região da Galileia.
*Com produção de Renato Ribeiro
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