17/06/2025 às 13:48
Agentes da Polícia Federal cumprem, nesta terça-feira (17), 16 mandados de busca e apreensão em quatro municípios de Pernambuco para apurar possíveis crimes envolvendo uma ONG prestadora de serviços nas áreas de educação e saúde a instituições governamentais do estado.
As diligências estão sendo realizadas em conjunto com auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) e atingem dez pessoas físicas e seis pessoas jurídicas nos municípios de Bom Conselho, Caruaru, Garanhuns e Terezinha. As dez pessoas físicas foram proibidas pela Justiça de terem contato entre si e de se ausentarem do município em que residem ou trabalham. A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos envolvidos.
Estão sendo investigados crimes como fraude em licitações e lavagem de dinheiro em contratos firmados entre a ONG e prefeituras pernambucanas. A organização da sociedade civil recebeu pagamentos das prefeituras superiores a R$ 662 milhões entre 2019 e 2024. Do total de recursos, ao menos R$ 431 milhões foram custeados com recursos federais.
Os trabalhos tiveram início em 2021, a partir de irregularidades identificadas pela Controladoria-Geral da União na colaboração prestada pela ONG a um município do sertão pernambucano. Entre as irregularidades estão falhas no planejamento e ausência de concorrência ou direcionamento nas contratações da ONG por entes governamentais. Também foram identificadas movimentações financeiras suspeitas em favor de dirigentes da entidade investigada e de servidores públicos, além de operações com características de lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Federal, os serviços supostamente prestados pelas investigadas eram, principalmente, de fornecimento de mão de obra para emprego na área de saúde. Posteriormente, as apurações revelaram o mesmo modus operandi nas contratações entre a ONG e outras prefeituras do estado.
Os investigados podem responder por fraude à licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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