11/06/2025 às 13:51
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a prioridade absoluta do governo é reduzir o tempo de espera para atendimento médico especializado. Padilha participou, nesta quarta-feira (11), de reunião das Comissões de Saúde e Previdência da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Segundo o ministro, o Brasil é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes no SUS, o Sistema Único de Saúde, sendo ainda referência mundial em imunização e transplantes. Em 2024, por exemplo, foram feitos dois milhões de consultas na rede pública.
Padilha anunciou a criação de sistemas e painéis de informação para que governos e hospitais possam divulgar dados atualizados sobre o tempo de espera dos pacientes. O foco é melhorar e acelerar consultas, exames e cirurgias em áreas como oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
"Né, a prioridade absoluta do Ministério, mas não é do Ministério da Saúde. Todas pesquisas de opinião que são feitas com a população apontam que a maior preocupação da população brasileira hoje, em relação à saúde, é o tempo de espera para o atendimento médico especializado. Então nós resolvemos enfrentar esse tema com prioridade absoluta: Ministério, estados e municípios".
O ministro Alexandre Padilha contou que o Brasil assume na próxima semana a presidência do Mercosul na área de saúde. A prioridade será avançar no acordo entre o bloco sul-americano e a União Europeia.
Padilha criticou também a decisão dos Estados Unidos de cortarem investimentos em vacinas e de cancelar contratos. Uma postura, segundo ele, diferente da adotada pelo Brasil, que pretende investir mais de R$57 bilhões na produção de insumos em saúde.
"O Brasil tá tomando a frente do Brasil ser um dos países a serem produtores dessa nova plataforma de vacina. Anunciamos investimento para Fiocruz e para o Butantã. O Brasil tem uma oportunidade única de ocupar um espaço nessa reorganização das cadeias globais de produção de medicamentos. Porque produzir localmente medicamento é fundamental para garantir segurança para os pacientes".
Neste ano, para fortalecer o atendimento por especialistas, o Ministério da Saúde vai oferecer três mil bolsas para formação de residentes e quinhentas para médicos atenderem em regiões menos assistidas do país.
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