04/06/2025 às 13:18
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ela foi condenada em maio a dez anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e nessa terça-feira (3) anunciou que havia deixado o país.
Alexandre de Moraes ainda determinou o bloqueio dos passaportes dela, inclusive o diplomático, e dos vencimentos ou quaisquer outras verbas pagas pela Câmara, até mesmo as de gabinete. Também bloqueou contas bancárias para qualquer tipo de transferência, seja PIX, débito ou crédito, além de bens móveis, como carros, e imóveis.
A decisão também mira as redes sociais. Moraes estabeleceu prazo para as big techs bloquearem os perfis de Zambelli no Youtube, Tik Tok, Linkedin, X, Telegram, Meta e outras, sob pena de R$ 100 mil. Há, ainda, multa de R$ 50 mil por cada postagem em rede social da deputada ou de outras pessoas que reiterem as condutas criminosas.
Por fim, Moraes determinou a inclusão do nome de Carla Zambelli na lista vermelha da Interpol e os procedimentos para extradição.
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Como, nessa terça-feira (3), a defesa da deputada renunciou à função, e diante da impossibilidade de notificação, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Defensoria Pública da União (DPU) a represente.
O pedido de prisão de Zambelli veio nessa terça-feira pela Procuradoria Geral da República (PGR), depois que ela deu entrevistas dizendo que havia deixado o Brasil. Inicialmente afirmou que estava na Europa, mas ainda na tarde dessa terça, em entrevistas à imprensa, disse que estava nos Estados Unidos e que depois iria para a Itália, onde tem cidadania.
Ela foi condenada em maio a dez anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). E responde a outro processo na Suprema Corte, por perseguir um homem com um revólver na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
*Notícia atualizada às 13h44 para inclusão de "preventiva" após "prisão".
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