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Espetáculo sobre o crime de João Pessoa, em Recife, volta a cartaz na capital paraibana

26 de julho de 1930... Naquela data, por volta das 17h30, o governante do estado da Paraíba, João Pessoa Cavalcante de Albuquerque,

Da Redação Repórter PB

05/04/2018 às 12:34

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26 de julho de 1930... Naquela data, por volta das 17h30, o governante do estado da Paraíba, João Pessoa Cavalcante de Albuquerque, era alvejado com três tiros à queima-roupa na cidade do Recife, precisamente num local conhecido como Confeitaria Glória, então localizada no centro da capital pernambucana.

Esse momento do assassinato, que abalou a cidade e teve repercussão em todo o Brasil, está retratado na peça teatral “De João para João”, um espetáculo que vem sendo sucesso de público e crítica e que volta a cartaz neste final de semana (sábado e domingo, às 8 da noite), no Teatro Lima Penante.

Em cartaz há dois anos, com apresentações em várias cidades da Paraíba e do Nordeste, a peça faz um apanhado histórico de todos os detalhes de um crime político que mudou a história do Brasil, ocasionando a chamada “Revolução de 30” no país.

Como montagem do grupo “Sagarana Produções Teatrais”, DE JOÃO PARA JOÃO é uma peça sobre o assassinato daquele governante paraibano no ano de 1930. Tudo se passa em Recife, a peça mostra o momento do crime e o encontro da vítima com o seu assassino, João Duarte Dantes, com um uma série de ações dramáticas que são encenadas durante o trajeto da bala.

De acordo com a produção do espetáculo, a dramaturgia se baseia numa carta escrita pelo seu assassino, o advogado e jornalista João Duarte Dantas, dias antes de cometer esse crime que comoveu a sociedade da época e que foi o estopim da Revolução de 30 no Brasil.

A carta de João Dantas, endereçada a João Pessoa, foi publicada em um jornal de Recife (Jornal do Comércio), já que o seu autor quis torná-la pública e não tinha acesso aos meios de comunicação em seu próprio Estado.

“Pelo teor da carta, o que se tem é uma espécie de ‘crônica de uma morte anunciada’, daí o caráter dramatúrgico desse importante documento jamais explorado no teatro. A dramaturgia se vale de um documento público, embora desconhecido, para estabelecer um discurso dialógico que questiona, e reflete, não apenas as nuances históricas, mas também as paixões de duas vidas privadas”, diz a produção.

Até hoje, o crime gera controvérsias. A encenação desse fato, através de um texto jamais explorado, lança um novo olhar sobre a versão oficial com o testemunho legítimo do próprio criminoso, numa carta que continua inédita e que possui um potencial dramatúrgico repleto de sentimentos e curiosidades históricas.

O espetáculo coloca em cena dois atores nos papéis de vítima e assassino, interpretados por Tarcísio Pereira e Flávio Melo, já conhecidos de outros trabalhos no teatro e no cinema. A peça utiliza trilha sonora original do compositor e maestro Eli-Eri Moura, da Universidade Federal da Paraíba. A iluminação é de João Batista Mendonça, operação musical de Bruno Fonseca, fotografia de Antonio David, Arte Visual de Cristovam Tadeu e coordenação técnica de Claudevan Ribeiro.

Fonte: Repórter PB

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