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Cajazeiras

Gratificação de R$ 16 mil gera crise na gestão Corrinha em Cajazeiras

O despacho foi proferido pela juíza Mayuce Santos Macedo, da 4ª Vara Mista de Cajazeiras

Por Pereira Jr. • Articulista Polí­tico

24/04/2025 às 16:11

Imagem Prefeita, Socorro Delfino

Prefeita, Socorro Delfino ‧ Foto: ascom

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A decisão da Justiça em suspender a gratificação salarial por título de mestrado da prefeita de Cajazeiras, Corrinha Delfino (Progressistas), repercutiu intensamente nos bastidores políticos do município, trazendo à tona questionamentos éticos e jurídicos em pleno ano eleitoral.


O despacho foi proferido pela juíza Mayuce Santos Macedo, da 4ª Vara Mista de Cajazeiras, atendendo a uma ação popular que contesta a validade do diploma de mestrado apresentado pela gestora. O título foi supostamente emitido pela Absolute Christian University (ACU), uma instituição sediada na Flórida, Estados Unidos, sem reconhecimento do Ministério da Educação (MEC) ou da Capes no Brasil.


A controvérsia ganhou ainda mais força após manifestação da professora Denise Ayres, coordenadora da Universidade Aberta do Brasil (UAB) vinculada à Unifesp, que esclareceu que a universidade brasileira mencionada como parceira da ACU não oferece cursos de mestrado, apenas de extensão e especialização.


A acusação afirma que Corrinha Delfino utilizou o título para justificar uma expressiva progressão salarial durante sua atuação como secretária municipal de Educação. Segundo os documentos da denúncia, o salário teria saltado de R$ 4.750,00 para R$ 16.626,00 com base no título acadêmico.


A denúncia foi apresentada em 2024 pelo vereador Alysson Américo, conhecido como “Alysson Voz e Violão”, que integra a oposição e a levou oficialmente à Câmara Municipal, reforçando o caráter político do embate.


Defesa alega motivação eleitoral


Em nota oficial, a assessoria jurídica da prefeita afirmou que o processo judicial possui “caráter eleitoreiro” e é movido por adversários políticos ligados diretamente à oposição. A autora da ação, Waleria Quirino Patricio, é apontada como uma liderança aliada aos críticos da atual gestão. A defesa ainda argumenta que Corrinha pode ter sido vítima de um esquema de cursos fraudulentos, que envolveu cerca de 50 professores da rede municipal.

A nota também destaca que, desde que assumiu o comando do Executivo municipal, Corrinha optou por receber apenas o subsídio legal do cargo de prefeita, não acumulando remuneração como servidora pública da educação.



Nos bastidores, aliados tentam minimizar o impacto, reforçando a confiança na Justiça e destacando o histórico de atuação de Corrinha na área educacional. Já a oposição busca capitalizar o episódio como um sinal de incoerência administrativa e fragilidade ética, reforçando sua narrativa junto ao eleitorado.


Por Pereira Júnior

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