Sousa/PB -
Hemoíba

Hemocentro é referência no Nordeste para diagnóstico da doença de von Willebrand

O projeto é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Da Redação Repórter PB

11/09/2019 às 18:54

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O Laboratório de Hemostasia do Hemocentro da Paraíba (Hemoíba) foi selecionado pelo Ministério da Saúde (MS) para realização de exames de diagnóstico da doença hemorrágica de von Willebrand. O estado é o único da região Nordeste e um dos cinco do país referenciados pelo MS para o diagnóstico da doença. O projeto Apoio Diagnóstico para Pacientes com Doença de von Willebrand começará logo após o envio da programação pelo Ministério da Saúde.

O diretor técnico do Hemocentro da Paraíba, Fernando Brederodes, ressaltou a importância do Laboratório de Hemostasia no trabalho de diagnóstico de coagulopatias. “Há vários anos, o laboratório presta um serviço diferenciado e de excelência no diagnóstico de coagulopatias e isso nos orgulha muito. O laboratório é referência para o Estado”, declarou.

Segundo a coordenadora do Laboratório de Hemostasia, a bioquímica Maria Daluz Castro Tenório, a proteína de Von Willebrand é responsável pela sustentabilidade e transporte do fator de coagulação VIII e, quando se encontra em um nível baixo, pode acarretar a diminuição deste fator e gerar um falso diagnóstico de hemofilia tipo A leve.

De acordo com o Ministério da Saúde, a seleção dos laboratórios para realização do diagnóstico da doença de Doença von Willebrand tem o objetivo de ampliar as ações que possam sanar problemas de diagnóstico laboratorial. O projeto é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Segundo a Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do MS, após a primeira rodada anual do Plano Anual do Hemostasia (PAEQ) implantado no final de 2018, foi identificado que menos de 50% dos Hemocentros realizam o teste funcional que é considerado o mais importante para o diagnóstico da doença.

De acordo com o MS, as principais justificativas apontados para não realização dos testes foram a falta de equipamentos e insumos, a grande rotatividade de técnicos de laboratório e falta de preparo técnico dos profissionais de laboratório envolvidos com a prática dos testes de diagnóstico (técnicos, biólogos, bioquímicos e patologistas clínicos).

Para corrigir a dificuldade, o MS e a UFMG firmaram parceria com sete Hemocentros para a realização de exames. No país, além do Hemoíba, os Laboratórios do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Paraná (Londrina – UEL), Manaus (Hemoam), Distrito Federal (FHB de Brasília), e de São Paulo (Unicamp – Campinas e HC da USP) estão habilitados e passaram a ser considerados Laboratórios de Referência (LR) para realização do exame de diagnóstico da doença de von Willebrand.

Os laboratórios de referência serão responsáveis por realizar até 500 exames considerando a demanda interna e dos demais hemocentros vinculados. O Hemocentro da Paraíba receberá amostras encaminhadas pelos hemocentros de Fortaleza (CE), São Luiz (MA), Recife (PE), Teresina (PI), Natal (RN), Aracaju (SE) e Maceió (AL).

Os resultados deverão ser registrados no Sistema Hemovidaweb Coagulopatias (HWC). Os dados servirão de base para a construção da publicação do Perfil de Coagulopatias Hereditárias 2019.

Segundo a farmacêutica-bioquímica Maria Daluz, o projeto deve ampliar o número de diagnósticos da doença de von Willebrand e trazer melhorias nos tratamentos dos pacientes pelos Centros de Tratamento da hemorrede nacional, impactando na melhor qualidade de vida dados pacientes e uso mais racional dos medicamentos.

Fonte: Repórter PB

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