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Perícia

Polícia Civil dá detalhes da investigação sobre morte de casal em João Pessoa

Com base em todas as provas técnico-científicas apuradas pela Polícia Civil, o policial apontado como autor do disparo foi indiciado por duplo homicídio qualificado

Da Redação Repórter PB

25/07/2025 às 09:35

Imagem Detalhes da investigação sobre morte de casal em João Pessoa

Detalhes da investigação sobre morte de casal em João Pessoa ‧ Foto: Reprodução

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A Polícia Civil da Paraíba esclareceu na manhã desta quinta-feira, 24 de julho, as causas das mortes dos jovens Guilherme Pereira, 18 anos, e Ana Luzia, 17 anos, durante uma abordagem policial no bairro Muçumagro, em João Pessoa, na noite do dia 30 de novembro de 2024. A investigação sobre o caso foi minuciosamente explicada à imprensa, em entrevista coletiva realizada na sede do Instituto de Polícia Científica (IPC) da capital paraibana.

De acordo com as explanações, no dia do fato o IPC foi acionado para uma ocorrência de acidente de trânsito em Muçumagro. Guilherme e Ana – que estavam em uma moto – teriam colidido com o veículo em um poste, o que teria causado a morte do casal. O Instituto de Polícia Científica, então, realizou os procedimentos de perícia inerentes a casos de acidentes.

A Delegacia de Acidente de Veículos – que trata de ocorrências do tipo – começou a ouvir as pessoas envolvidas no episódio, e uma das testemunhas relatou que “houve disparo de arma de fogo” durante aquela abordagem realizada por policiais militares. Diante dessa informação – que não havia sido dada à Polícia Civil no dia do fato –, a 1ª Superintendência de Polícia Civil repassou as investigações para a Delegacia de Crimes contra a Pessoa (DCCPES) da capital.

A DCCPES retomou o trabalho investigativo com os procedimentos de praxe: oitiva de pessoas envolvidas no caso; requisição de exames periciais específicos; identificação dos policiais que estavam na ocorrência; informações sobre as armas utilizadas por eles; dentre outros procedimentos.

No decorrer das investigações, a própria DCCPES representou na justiça pela exumação dos corpos de Guilherme e Ana Luzia. Tanto o Ministério Público quanto o Poder Judiciário estiveram de acordo e permitiram que os cadáveres fossem novamente submetidos a análises periciais.

Nesta etapa das investigações, o IPC da Polícia Civil – em exames que contaram com parceria técnica da perícia da Polícia Federal – constatou que Guilherme foi atingido por um tiro de fuzil na cabeça. De acordo com o perito Flávio Fabres, da PCPB, foi necessário reconstruir o crânio do jovem para chegar a essa conclusão.

“Após a reconstituição, nós encontramos o orifício de entrada e o orifício de saída no crânio”, disse Flávio, exibindo imagens do trabalho pericial realizado. Ele informou que somente nessa análise mais detalhada no corpo de Guilherme é que foi possível ‘montar’ os ossos da cabeça e visualizar os orifícios causados pelo disparo de arma de fogo.

A informação correta

O superintendente da Polícia Civil na região de João Pessoa, delegado Cristiano Santana, lembrou que todos os exames periciais – inclusive a exumação dos corpos – foram requisitados pela delegada titular da DCCPES, Ana Luisa, no decorrer dos cinco meses de investigação do caso.

“Inicialmente, como a informação dada à Polícia Civil era de que se tratava de um acidente de trânsito, então o caso ficou com a Delegacia de Acidentes. Mas diante do relato de que houve tiros na ocorrência, de imediato nós repassamos o caso para a DCCPES, que requisitou todos os procedimentos necessários à apuração completa do caso”, declarou Santana.

Policial indiciado

Com base em todas as provas técnico-científicas apuradas pela Polícia Civil, o policial apontado como autor do disparo foi indiciado por duplo homicídio qualificado. A jovem Ana Luzia não foi atingida pelo tiro, mas acabou morrendo em decorrência da colisão da motocicleta no poste, o que, por sua vez, teve como fato motivador o disparo na cabeça de Guilherme, que conduzia a motocicleta.

 

Fonte: Repórter PB

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