Após caçada policial, suspeito de feminicídio e tentativa de infanticídio é preso em mata na zona rural de Itaporanga

Após 48 horas de intensa mobilização policial, foi capturado na manhã desta terça-feira (1º), o homem suspeito de matar a companheira e tentar assassinar a própria filha de apenas 1 ano, no município de Itaporanga, no Sertão da Paraíba. Elson Félix de Souza, de 35 anos, estava foragido desde o último domingo (29), quando cometeu o crime brutal que chocou o estado.

A prisão ocorreu numa área de mata fechada nas imediações da cidade. O suspeito foi localizado graças a informações do setor de inteligência da Polícia Civil e da ação estratégica da Polícia Militar, que havia cercado comunidades da região. Segundo os agentes, Elson montava acampamento improvisado com barraca e estava armado com uma faca no momento da abordagem.

Informações preliminares apontam que, nos primeiros momentos após o crime, o homem teria recebido apoio logístico de uma facção criminosa local. Com o cerco policial, foi forçado a abandonar o esconderijo urbano e refugiar-se em área rural, onde foi localizado e preso sem resistência.

A vítima fatal foi Cláudia Kell de Oliveira Miguel, de 28 anos. Segundo o delegado Ilamilto Simplício, o casal havia rompido o relacionamento no dia anterior ao crime. Inconformado com a separação, Elson invadiu a casa da ex-companheira na manhã do domingo, e a executou com disparos de arma de fogo. Em seguida, atirou contra a própria filha, de apenas 1 ano de idade.

A criança foi socorrida em estado grave ao Hospital de Itaporanga e, posteriormente, transferida para o Hospital de Trauma de Campina Grande. O disparo transfixou o crânio da bebê, que passou por cirurgia de emergência e segue internada na UTI pediátrica, com estado de saúde considerado crítico.

Após a prisão, Elson foi encaminhado à delegacia de Itaporanga e será interrogado formalmente. Ele deve passar por audiência de custódia nas próximas horas e responder pelos crimes de feminicídio e tentativa de homicídio qualificado.
O caso gerou comoção na cidade e reforçou os debates sobre violência contra a mulher e proteção à infância. Moradores da região organizaram manifestações pedindo justiça para Cláudia e segurança para a criança.

Fonte: Repórter PB