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Operações

Cães de busca e resgate reforçam atuação do Corpo de Bombeiros

O serviço foi iniciado no ano 2000, com uma cadela da raça Labrador (Brisa) e uma outra cadela da raça Terra Nova (Kenia), porém só veio a se consolidar no ano de 2014.

Da Redação Repórter PB

21/01/2021 às 10:24

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Buscando ampliar as operações, o Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba (CBMPB), através do Departamento de Operações com Cães (DOC), realiza um trabalho especializado e de reconhecimento nacional por meio da atuação de seus militares e cães nas ações de busca, resgate e salvamento.

O serviço foi iniciado no ano 2000, com uma cadela da raça Labrador (Brisa) e uma outra cadela da raça Terra Nova (Kenia), porém só veio a se consolidar no ano de 2014, com a criação do Canil e a Seção de Busca, Resgate e Salvamento com Cães, pertencente ao Batalhão de Busca e Salvamento (BBS).

Em 2019, foi criado o Departamento de Operações com Cães (DOC), centralizando toda a atividade de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (Bresc), em João Pessoa, e em 2020 foram criadas as Seções de Operações com Cães (Socs) de João Pessoa e Campina Grande.

Atualmente, estão envolvidos na atividade 11 militares, sendo quatro oficiais e sete praças, e o setor conta com três cães treinados para busca, resgate e salvamento e outros quatro em treinamento para as mais diversas formas de atuação. Os cães ingressam na Corporação por meio de aquisição mediante processo de compra ou por doação. Nas duas formas são observados vários critérios para saber se o cão está apto para o tipo de trabalho realizado no DOC. No caso de militares, estes devem possuir obrigatoriamente o estágio de busca, resgate e salvamento com cães ou o curso de busca resgate e salvamento com cães.

Os cães passam por um período de treinamento, em média de um a dois anos, podendo ser especializados em desastres, buscas em áreas rurais, áreas urbanas, por restos mortais e buscas por odor específico. Por vezes, alguns são treinados para mais de uma especialidade. Cada cão possui um condutor específico e essa união é chamada de “binômio”. O condutor será o responsável por treinar, cuidar e acompanhar o cão em todas as ocorrências, formando um vínculo forte e permanente entre ambos.

Dentre as diversas ocorrências que o DOC atendeu, a de maior relevância foi a atuação dos cães nas operações do rompimento da barragem em Brumadinho-MG, sendo uma das Corporações que por mais tempo atuou na operação, foram mais de 80 dias, onde se revezaram três cães e seis militares da Paraíba. A mais recente atuação foi o auxílio à Polícia Civil do Rio Grande do Norte e ao Corpo de Bombeiros do mesmo estado, nas buscas pelo garoto José Carlos.

O animal recém-chegado à Corporação é um cão da raça Bloondhound, de três meses de idade, doado ao CBMPB. O cão está em fase de treinamento e será destinado ao Batalhão de Sousa, futura sede do Canil no Sertão do estado. Ele recebe treinamento para faro específico de pessoas desaparecidas.

Desde sua criação, inicialmente como seção, o DOC já atendeu mais de 100 ocorrências. Das operações em que o DOC atuou em campo, se obteve aproximadamente 50% de sucesso nas buscas, ou seja, na localização do que se buscava, de vítimas com vida ou em óbito. Ampliando para a contabilização das áreas de descartes, o índice sobe para 80% de resolutividade das ocorrências.

Além dos atendimentos das ocorrências que chegam pelo 193, o DOC também atua em auxílio a outras forças, como a Polícia Civil e a Polícia Militar, ajudando em operações de buscas de restos mortais e de pessoas desaparecidas. A prática de praças desportivas na área cinotécnica e de cinoterapia, também são desenvolvidas pelo Departamento, esta última, em parceria com entidade privada desde 2019, onde crianças que apresentam espectro autista interagem com os cães do DOC, o que colabora para uma boa adaptação social das crianças participantes.

Fonte: Repórter PB

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