01/06/2025 às 07:35
A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou um sobrepreço de R$ 5,8 milhões em obras executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) na BR-424, em Alagoas. A auditoria apontou duplicidade no lançamento de custos com concreto usinado aplicado em estruturas como viadutos e túneis. O contrato analisado, que soma R$ 253,7 milhões, integra o projeto do Arco Metropolitano de Maceió e inclui serviços de implantação, duplicação, pavimentação e melhorias de segurança viária.
De acordo com o relatório da CGU, o custo do concreto foi inserido indevidamente em dois itens distintos da planilha contratual, o que inflacionou os valores em R$ 5,7 milhões. “Identificou-se que, na composição do serviço de ‘lançamento mecânico de concreto com bomba lança sobre chassi com capacidade de 50 m³/h’ […] havia sido considerado o custo do concreto usado para os serviços referentes às obras de arte especiais (viadutos e pontes). Contudo, no serviço ‘concreto para bombeamento fck = 40 MPa’ […] também é contabilizado o custo do concreto a ser utilizado nessas estruturas”, detalha o relatório técnico.
O trecho inspecionado abrange 16,2 km e passa por cinco municípios da região metropolitana de Maceió: Marechal Deodoro, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco, Pilar e a própria capital alagoana. As intervenções compreendem nova pista e restauração da rodovia existente. A ordem de serviço foi assinada em outubro de 2024 pelo então ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), ex-governador de Alagoas e aliado político do atual governo federal.
Fonte: Repórter PB
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