01/09/2025 às 14:33
O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), que começa no dia 2 de setembro, será acompanhado em tempo real pelo governo dos Estados Unidos. Segundo revelou o UOL, a administração de Donald Trump montou um esquema para monitorar diretamente as sessões da Primeira Turma da Corte, que analisará a denúncia por tentativa de golpe de Estado.
De acordo com fontes ouvidas pelo portal, Washington avalia adotar novas sanções contra o Brasil a depender do andamento do processo. Entre as medidas em discussão estão tarifas adicionais sobre exportações brasileiras, sanções financeiras a autoridades e restrições de vistos a integrantes do STF.
A reportagem apurou que há possibilidade de uma nova rodada de exclusão de produtos brasileiros da tarifa de 50%, em vigor desde 6 de agosto. O teor exato das medidas não foi revelado, mas dependerá de decisão direta do presidente Trump.
O UOL também informou que Trump já havia classificado o julgamento de Bolsonaro como uma “caça às bruxas” e exigido sua interrupção imediata.
Além da pressão diplomática, aliados do ex-presidente brasileiro atuam em Washington. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista político Paulo Figueiredo foram convidados por pessoas ligadas à gestão Trump para acompanhar as sessões e manter interlocutores da Casa Branca informados sobre o andamento do julgamento.
Segundo Eduardo, a viagem tem como objetivo “abastecer de informações” autoridades americanas sobre o status judicial de Bolsonaro. Ambos defendem que punições contra o Brasil poderiam forçar o governo a discutir uma eventual anistia ao ex-presidente e a seus aliados.
As sessões no STF se estenderão até o dia 12 de setembro, em um dos julgamentos mais aguardados da história recente do país.
Fonte: Repórter PB
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