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Com rombo de R$ 5 bilhões, Lula entregará Correios ao União Brasil

A possível mudança no comando da empresa estatal acontece num momento em que os Correios estão prestes a receber um reforço de caixa considerável

Da Redação Repórter PB

07/07/2025 às 15:23

Imagem Presidente, Lula, e Davi, Presidente do Senado

Presidente, Lula, e Davi, Presidente do Senado ‧ Foto: Ricardo Stuckert

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Pressionado pelo Centrão, o Palácio do  Planalto já admite, nos bastidores, ceder o comando dos Correios ao grupo político do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A negociação ocorre dias após o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, entregar sua carta de demissão, na última sexta-feira (4), em meio a um prejuízo recorde e cobranças internas por medidas de reestruturação.

A possível mudança no comando da empresa estatal acontece num momento em que os Correios estão prestes a receber um reforço de caixa considerável. O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como banco dos Brics — atualmente presidido por Dilma Rousseff — está em estágio avançado de aprovação de um financiamento de R$ 3,8 bilhões para a estatal.

Batizado de “plano de modernização e transformação ecológica”, o projeto prevê investimentos em energias renováveis, redução de resíduos sólidos e construção de centros de operação sustentáveis. O recurso seria um alívio importante para os Correios, que fecharam 2024 com déficit de R$ 2,6 bilhões — o pior resultado entre as estatais no ano.

Fabiano, que comandava a estatal desde o início do terceiro mandato do presidente Lula (PT), teria resistido a pressões da Casa Civil para demitir funcionários e vender ativos da empresa, medidas vistas como necessárias para “sinalizar compromisso fiscal”, segundo interlocutores do governo. A resistência custou-lhe o cargo.

A movimentação para entregar os Correios ao grupo de Alcolumbre reflete mais um aceno do Planalto ao Centrão, em meio a uma crescente necessidade de recompor base política e viabilizar votações de interesse do Executivo no Congresso. Com a injeção de recursos internacionais e o peso estratégico da estatal, o cargo se torna ainda mais cobiçado.

Nos bastidores, o gesto também é interpretado como mais uma demonstração de que o governo Lula, diante de uma série de desgastes e dificuldades de articulação, tem preferido ceder espaços administrativos em troca de sobrevida política.

Fonte: Hora Brasilia

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