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delação

Mauro Cid nega perfil usado para tratar de delação e expõe tentativas de contato com sua família

Cid também negou que tenha autorizado terceiros a falar por ele ou a negociar qualquer tipo de colaboração em seu nome

Da Redação Repórter PB

26/06/2025 às 13:33

Imagem Mauro Cid

Mauro Cid ‧ Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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Em novo depoimento prestado à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), negou qualquer relação com o perfil de Instagram @gabrielar702, apontado como canal usado para tratar de possíveis acordos de colaboração premiada. O depoimento foi colhido na última terça-feira (24), dentro do inquérito que apura tentativas de obstrução das investigações sobre o suposto plano golpista.

De acordo com a Meta, empresa responsável pela rede social, o e-mail vinculado ao perfil pertence a Mauro Cid. Ainda assim, o militar declarou desconhecer a criação da conta e afirmou categoricamente que nunca conversou com o advogado Eduardo Kuntz por meio das redes sociais.


A conta sob suspeita teria sido utilizada para supostamente tratar de colaboração com o Ministério Público envolvendo Cid, que é uma das peças centrais no caso sobre articulações golpistas. O militar declarou à PF que nunca utilizou redes sociais para discutir delações e que só tomou conhecimento do perfil após uma reportagem publicada pela revista Veja, que associava a conta ao nome de sua esposa.

Cid também negou que tenha autorizado terceiros a falar por ele ou a negociar qualquer tipo de colaboração em seu nome.

No depoimento, o tenente-coronel afirmou que o advogado Eduardo Kuntz, ex-integrante da equipe de defesa de Bolsonaro, teria buscado aproximação com sua filha — praticante de hipismo — e tentado contato com sua esposa e com sua mãe entre o segundo semestre de 2023 e o início deste ano. A motivação, segundo ele, seria o possível interesse em obter informações sobre os bastidores de sua delação.

Cid também mencionou o advogado Paulo Bueno, outro nome da linha de defesa de Bolsonaro, como alguém que teria oferecido “ajuda à sua família” durante o período em que esteve preso.

A Polícia Federal continua apurando possíveis tentativas de interferência nas investigações, incluindo o uso de redes sociais para articular versões ou influenciar depoimentos. O caso envolve figuras próximas ao núcleo duro do ex-presidente Bolsonaro e pode ter desdobramentos nas ações penais em andamento no Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Repórter PB

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