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Brasil perde 10,9 milhões de vacinas em 2024: A crise da gestão de imunizantes

A situação é mais crítica para a vacina da Covid-19, que representou 6,4 milhões das doses descartadas

Da Redação Repórter PB

04/11/2024 às 08:20

Imagem O Ministério da Saúde atribui essas perdas, em parte, a campanhas de desinformação

O Ministério da Saúde atribui essas perdas, em parte, a campanhas de desinformação ‧ Foto: Geovana Albuquerque / Agência Saúde - DF

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Em um cenário onde vacinas são ferramentas fundamentais para o controle de doenças e epidemias, o Brasil enfrenta uma realidade preocupante: o descarte de milhões de doses de imunizantes ao longo de 2024, resultando em um prejuízo considerável aos cofres públicos e questionamentos sobre a eficiência da gestão de insumos da saúde. Dados revelados pelo portal Metrópoles, obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), apontam que 10,9 milhões de vacinas foram incineradas após o vencimento de seus prazos de validade, destacando-se entre elas doses contra Covid-19, DTP e febre amarela.

A situação é mais crítica para a vacina da Covid-19, que representou 6,4 milhões das doses descartadas, enquanto a vacina tríplice DTP – aplicada para proteger crianças contra difteria, tétano e coqueluche – teve 3,1 milhões de doses destruídas. Já a vacina contra a febre amarela, necessária especialmente em áreas endêmicas, contou com 663,2 mil doses perdidas. O Ministério da Saúde atribui essas perdas, em parte, a campanhas de desinformação que comprometem a adesão e a confiança da população nos imunizantes. Em nota, o órgão destacou que as vacinas contra a Covid-19 são as que mais sofrem com o impacto dessas campanhas, que influenciam diretamente a procura e, consequentemente, a gestão de estoque.

Mesmo com essas perdas, a pasta garantiu que o abastecimento de vacinas não é um problema imediato para a população. No entanto, informou que cerca de 12 milhões de doses já estão vencidas em seus estoques, incluindo 9 milhões da vacina Janssen contra Covid-19, aguardando para serem descartadas, evidenciando o desafio logístico enfrentado para equilibrar o estoque nacional. A responsabilidade sobre a incineração estadual, segundo o Ministério, não é de competência federal, o que agrava a situação e dificulta a implementação de medidas padronizadas de controle.

Fonte: Repórter PB

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