23/06/2025 às 14:21
Aparecida no sertão da Paraiba volta a enfrentar uma realidade cruel e revoltante: a matança de cães em vias públicas do município. A denúncia partiu da presidente da ONG Abrigo Animais sem Rumo, Nilza Fernandes, que esteve no local dos fatos nesta segunda-feira (23) e formalizou um boletim de ocorrência junto às autoridades policiais.
De acordo com Nilza, casos semelhantes já ocorreram anteriormente no município, mas até o momento nenhuma providência eficaz foi adotada pelas autoridades locais. A ativista relata que diversos cães apareceram mortos nos últimos dias, e há suspeitas de envenenamento intencional.
“Não é o primeiro caso que acontece nessa cidade. Já fizemos manifestação, já alertamos. Agora voltou a acontecer. Existem vários animais mortos pela cidade. A gente só quer justiça”, declarou.
Moradores também se mobilizaram para tentar conter o avanço das mortes. Em uma das ações de emergência, uma moradora recolheu pedaços de carne deixados pelas ruas, possivelmente usados como isca envenenada. A cena gerou comoção.
“O pior é que eles sentem fome. Vão atrás da carne para matar a fome e encontram a morte”, disse Nilza, emocionada.
Além da dor e da revolta, ativistas e populares cobram ações urgentes da Prefeitura e da Polícia Civil, que, até o momento, não identificaram suspeitos. O caso deverá ser investigado como crime ambiental, conforme previsto na Lei Federal nº 9.605/98, que trata de maus-tratos a animais. Desde a sanção da Lei nº 14.064/2020, a pena para quem comete esse tipo de crime pode chegar a cinco anos de prisão.
O silêncio diante da repetição desses casos em Aparecida levanta uma questão grave: quem será responsabilizado por essa crueldade? E o mais importante — quantas vidas ainda precisarão ser perdidas para que o poder público tome providências concretas?
A ONG Abrigo Animais sem Rumo segue acompanhando o caso e promete novas mobilizações caso a impunidade permaneça.
Fonte: Repórter PB
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