Unicef amplia oportunidades a jovens vulneráveis no Brasil

Em cinco anos, o projeto Um Milhão de Oportunidades, do Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), conseguiu oferecer oportunidades profissionais para mais de um 1,2 milhão de  jovens em situação de vulnerabilidade no Brasil. Segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira pelo Unicef, ao todo, foram cerca de 470 mil formações voltadas ao desenvolvimento de habilidades para o mundo do trabalho e 820 mil vagas de aprendiz, estágio e emprego formal.

O projeto funciona em parceria com o poder público, empresas, sociedade civil e os próprios jovens, gerando uma rede de oportunidades para jovens de 14 a 29 anos, divididos em doze diferentes perfis sociais.

Participam mais de 240 grandes empresas, Governo Federal, municípios da Amazônia Legal e do Semiárido, oito centros urbanos e 95 organizações sociais. Sete estados já tiveram parcerias com a iniciativa.

Gustavo Oliveira, oficial de Educação do UNICEF no Brasil, descreve quem são os beneficiados.

“Jovens mães, jovens negros e pardos, jovens com deficiência, LGBTQIAPN+, jovens de comunidades tradicionais, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos, jovens egressos ou em cumprimento de medida socioeducativa, jovens moradores de periferia urbana, de zonas rurais, jovens de escolas públicas. Esses são aí preferencialmente os perfis que o UNICEF atua dentro dessa iniciativa”.

O projeto continua com suas ações no país até 2028, garante Gustavo Oliveira.

“A iniciativa 1 Milhão de Oportunidades não termina com esse marco de mais de 1 milhão de oportunidades atingidas após cinco anos. Ela é uma iniciativa que faz parte da área de educação do UNICEF no Brasil. Está dentro do programa de país do UNICEF até 2028 e ela vai seguir, com o objetivo de continuar gerando essas oportunidades”.

O UNICEF aponta, no entanto, que os desafios da inclusão produtiva no Brasil ainda são muitos. No país, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Educação de junho deste ano, quase 9 milhões de adolescentes e jovens, entre 15 e 29 anos, não estudam nem trabalham.