Sousa/PB -

Extras

Dia do Coração: solidão aumenta risco de infarto e derrame

Rádio Agência

29/09/2025 às 14:41

Tamanho da Fonte

29 de setembro é o Dia Mundial do Coração. Estima-se que mais de 20,5 milhões de pessoas morrem todos os anos por doenças cardiovasculares, principal causa de morte no mundo, de acordo com dados da Federação Mundial do Coração. Um desafio que pode ser superado com prevenção, diagnóstico precoce e políticas de saúde efetivas.

O alerta ganha força durante o Setembro Vermelho, campanha que ressalta a importância de cuidar da saúde cardiovascular.

No Brasil, as estatísticas também preocupam: cerca de 400 mil pessoas morrem todos os anos por doenças cardiovasculares, conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia, que aponta que 80% dos casos poderiam ser evitados.

Segundo o cardiologista Marcelo Bergamo, manter hábitos saudáveis é um dos fatores fundamentais para reduzir os riscos e proteger o coração ao longo do tempo.

“O coração é o nosso motor da vida. Os principais cuidados incluem manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e peixes, evitando frituras e o excesso de sal; praticar atividade física regular; não fumar e evitar o consumo excessivo de álcool; controlar o stress por meio de técnicas de relaxamento; e manter o peso adequado”.

Outro ponto essencial, reforça o especialista, é ficar atento aos sinais de alerta: “é crucial procurar ajuda médica imediatamente se você sentir dor no peito que se irradia para os braços, pescoço ou mandíbula, especialmente acompanhada de suor frio, náuseas e falta de ar. Outros sinais de alerta são palpitações frequentes, que seria o coração acelerado sem motivo; cansaço excessivo sem motivo aparente; inchaço nas pernas e pés; e tontura persistente”.

Mas, enquanto os fatores de risco tradicionais continuam sendo os maiores vilões, estudos publicados em revistas médicas internacionais mostram que a solidão também pode ter efeitos tão nocivos quanto esses elementos já conhecidos. Isso porque, explica o cardiologista, a solidão crônica, por exemplo, ativa o sistema de estresse, elevando o cortisol e a adrenalina constantemente.

“Isso faz com que a sua pressão arterial aumente, o seu ritmo do coração acelere e promove inflamação nas artérias. Pessoas socialmente isoladas têm 29% mais risco de doença cardíaca e 32% mais risco de um derrame, um AVC. A boa notícia é que dá para combater isso. Cultive relacionamentos significativos, pratique atividades sociais e, se necessário, busque ajuda profissional”.

Outro detalhe importante para a saúde do coração, destaca a cardiologista Mariana Bello, é a qualidade do sono.

“A regularidade do sono produz a proteção do sistema cardiovascular. Os distúrbios do sono podem levar ao aumento de pressão alta, arritmia. É necessário implementar uma rotina consistente, um sono de qualidade, sem uso de telas à noite”.

O Sistema Único de Saúde oferece assistência para a pessoa com insuficiência cardíaca, incluindo ações de prevenção e controle. O tratamento envolve cuidados diários, controle dos fatores de risco e a utilização correta das medicações, conforme orientação da equipe de saúde.

4:30

Continuar lendo ...
Ads 728x90

QR Code

Para ler no celular, basta apontar a câmera