Começa em Brasília 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres

Foi com um discurso sobre soberania e democracia que a 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres foi aberta nesta segunda-feira (29). Até quarta-feira (1º), cerca de 4 mil mulheres vão participar de encontros e debates sobre enfrentamento às desigualdades sociais, combate à violência de gênero; saúde e educação e articulação entre governo e sociedade civil. Isso só pra citar alguns temas.

Na abertura, a representante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Yia Bueno, deixou claro.

"Defender a soberania é colocar o nosso país no patamar da política internacional de desenvolvimento social, cultural, ambiental, econômico e sobretudo humano".

A última Conferência tinha sido em 2016, com a participação da então presidenta Dilma Rousseff. Aliás, esse foi o último compromisso oficial dela antes de sofrer o processo de impeachment. Na abertura da conferência, nesta segunda-feira, foi transmitido um depoimento virtual de Dilma Rousseff, que hoje é presidenta do Banco dos Brics, na China. Ela comemorou a retomada do evento.

"Superamos um período de retrocessos, de violência política e de ataque às conquistas democráticas. Lembro que a abertura da 4ª Conferência foi meu último compromisso oficial antes do golpe profundamente injusto contra a nossa democracia. Mas a história mostrou que resistir vale a pena".

O presidente Lula aproveitou o evento para sancionar a lei que permite a prorrogação da licença-maternidade em caso de internação longa do bebê. E lembrou que, desde que assumiu, em 2023, a prioridade sempre foi colocar as mulheres nos programas sociais. E reforçou: elas são maioria.

"Hoje as mulheres são 84% dos beneficiários do Bolsa Família, 63% da população atendida pela Farmácia Popular, 85% dos benefícios da linha subsidiada do minha casa, minha vida. 65% entre estudantes bolsistas do Prouni e 59% das matrículas na educação superior".

Mas, antes de falar disso, Lula exaltou o papel das mulheres e fez uma brincadeira com a primeira-dama, Janja.

"E quando eu for conversar com Trump, eu vou levar ela. Eu quero que ele veja".

Janja riu e fez apenas sinal de não com a mão.