13/08/2025 às 12:51
Policiais civis do Rio de Janeiro estão nas ruas, nesta quarta-feira (13), para combater uma sofisticada rede criminosa que realizava fraudes contra uma empresa de aplicativo de transporte. Os prejuízos à plataforma ultrapassam R$ 100 mil. A ação faz parte da Operação Rota Falsa. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão em cinco endereços ligados aos suspeitos.
As investigações apontaram que os criminosos exploravam uma vulnerabilidade no sistema de pagamentos via Pix do aplicativo. Eles utilizavam contas fraudulentas, tanto de motoristas como de passageiros, para fazer pedidos de corridas, mas acrescentavam múltiplas paradas durante o trajeto, o que fazia o valor final da viagem disparar. No final da corrida, a empresa responsável pela plataforma cobria o pagamento integral das paradas ao falso motorista, mas a quantia permanecia pendente na conta do passageiro, que não efetuava o pagamento e abandonava a conta, tornando-a inativa.
Segundo os agentes, a empresa de tecnologia identificou mais de 2 mil corridas com indícios fraudulentos. Os suspeitos abriram 480 contas em nomes de falsos motoristas e passageiros. Entre essas, 478 foram criadas do endereço residencial de um dos investigados. Os policiais ainda identificaram que grande parte das contas bancárias vinculadas no aplicativo era de uma outra integrante dessa quadrilha.
Os policiais apuraram que os criminosos fraudavam o sistema de verificação da plataforma para a criação das contas falsas. Eles utilizavam inteligência artificial para manipular imagens digitalmente e também usavam imagens físicas, com rostos de outras pessoas impressos em folhas de papel e colocavam por cima da própria face deles.
Em nota, a Uber informou que os mecanismos antifraude da plataforma detectaram os casos relatados, o que fez com que a empresa realizasse a denúncia para as autoridades. Desde então, a plataforma vem colaborando com a polícia para a identificação dos suspeitos.
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