30/07/2025 às 13:52
Diante da ameaça de taxação a produtos brasileiros por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o governo brasileiro estuda formas de reduzir o impacto para as pequenas empresas que exportam para lá.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (30) pelo o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França. Ele disse que sugeriu que o governo conceda subsídio a alguns produtos, como os alimentos perecíveis que perdem rapidamente a validade.
"Minha sugestão ao presidente Lula é que nesse caso, como os valores são pequenos, a gente possa subsidiar e colocar na rede pública como merenda, ou faz a manga a R$ 1, que certamente todo mundo compraria", explicou.
A declaração foi feita durante entrevista ao programa Bom Dia Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Na conversa com jornalistas de todo o país, França disse que os pequenos empreendedores que exportam para os Estados Unidos serão pouco atingidos pelo possível tarifaço - que ele criticou -, sem descartar que haverá impactos.
Ainda segundo Márcio França, tudo vai depender do decreto de Trump - que deve ser publicado nesta quinta-feira - para saber quais produtos, de fato, serão taxados. Para o ministro, se o documento isentar do tarifaço os produtos que os Estados Unidos não fabricam, 90% dos pequenos brasileiros vão ficar fora da alta.
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Trump anunciou no dia 9 de julho que vai taxar em 50% os produtos brasileiros a partir da próxima sexta-feira (1). Em uma corrida contra o tempo para reverter a possibilidade, governadores de todo o país chegaram a agendar um encontro com o vice-presidente Geraldo Alckmin, em Brasília. No entanto o encontro foi cancelado, sob a justificativa de falta de agenda de alguns participantes.
Ainda sobre o tarifaço prometido por Trump, o presidente Lula concedeu, nesta quarta, uma entrevista ao jornal estadunidense The New York Times. Nela, Lula disse que busca diálogo com o país norte-americano, mas que “ninguém quer conversar”. Além disso, o presidente brasileiro disse estar preocupado com as tarifas, mas que o Brasil quer negociar "como um país soberano”.
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