30/07/2025 às 08:28
O tenente-coronel Mauro Cid pediu ao Supremo Tribunal Federal perdão judicial ou condenação mínima de dois anos de prisão na ação sobre tentativa de golpe de Estado.
As alegações finais foram enviadas pela defesa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, nessa terça-feira.
Os advogados criticaram a Procuradoria-Geral da República por pedir a redução de apenas um terço da pena e de não manter o benefício integral da delação premiada firmada com a Polícia Federal.
Para a PGR, Cid teve comportamento contraditório, omisso e resistência ao cumprimento integral do acordo.
Mas, segundo a defesa, negar o perdão judicial ou os benefícios, seria penalizar Mauro Cid por não ter colaborado de forma perfeita e integral em um ambiente claramente hostil, ameaçador e antidemocrático.
Os advogados afirmam que não há provas de que o militar participou de plano ou ação golpista.
Destacaram ainda que Cid é tratado como “traidor” por ter assinado a delação e que ninguém teve a coragem do tenente-coronel, que se isolou, perdeu amigos e a convivência em sociedade.
Mauro Cid e Bolsonaro fazem parte do grupo de oito réus do Núcleo 1 da suposta trama golpista.
Com a apresentação das alegações finais de Cid, será aberto prazo de 15 dias para as demais defesas se manifestarem.
As alegações representam a última fase antes do julgamento, que pode condenar ou absolver os acusados.
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