Motta proíbe realização de reuniões de comissões na Câmara

O presidente da Câmara, Hugo Motta, proibiu a realização de reuniões nas comissões da Casa durante o recesso, ou seja, até o dia 1º de agosto. Com isso, duas comissões que haviam sido convocadas pela oposição para atos a favor de Jair Bolsonaro foram canceladas: a de Segurança Pública e a de Relações Exteriores, que iriam aprovar moções de apoio ao ex-presidente.

Bolsonaro estava sendo esperado na Câmara, mas cancelou a ida após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que o proibiu de fazer uso das redes sociais.

A Comissão de Segurança Pública é presidida por Paulo Bilynskyj, do PL de São Paulo, e a de Relações Exteriores por Filipe Barros, também do PL, mas do Paraná. Barros prometeu colocar a matéria em votação na primeira semana de agosto, na volta dos trabalhos do Legislativo, e reclamou de uma decisão que chamou de “arbitrária” por parte de Hugo Motta ao proibir as reuniões.

O Congresso só entra oficialmente em recesso após a votação da LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o que não aconteceu. Então, é aquele chamado "recesso branco". Mesmo assim, fica valendo a proibição de Hugo Motta.

Na semana passada, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já havia confirmado o recesso para julho, sem sessões ou votações nesse período.