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Setores produtivos voltaram a criticar o tarifaço imposto pelos EUA

Rádio Agência

11/07/2025 às 20:58

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 Setores produtivos que podem ser impactados com o anúncio do governo dos Estados Unidos de taxar a importação de produtos brasileiros em 50% voltaram a se manifestar nesta sexta-feira.

A ABIC, Associação Brasileia da Indústria do Café, divulgou nota demonstrando preocupação com a decisão de Donald Trump. O texto diz: "a medida, comunicada de forma unilateral, representa um grave retrocesso nas relações comerciais entre os dois países que pode geram impactos extremamente negativos e relevantes para toda a cadeia produtiva do café".

Além disso, a Abic defende a importância do diálogo técnico e institucional para que o país "mantenha sua posição de destaque no comércio internacional de café".

O presidente da Apex Brasil, Associação de Promoção de Exportações e Investimentos, Jorge Viana, criticou a decisão de Trump, por considerar que a medida "representa um retrocesso nas relações comerciais entre os dois países e mistura questões políticas com argumentos comerciais inconsistentes".

Viana escreveu: "É muito lamentável que nós estejamos vivendo essa situação extrema, do nosso segundo e mais importante parceiro comercial. Uma coisa são as preferências políticas, ideológicas. Outra é adotar uma medida que prejudica um país inteiro".

Também nesta sexta, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, informou que está acompanhando com atenção os desdobramentos das novas tarifas. Ele afirmou que a questão das cargas paradas nos portos é um problema pontual, restrito aos terminais com um volume maior de carga destinada aos Estados Unidos, mas que não chega a afetar a eficiência da movimentação portuária.

Costa Filho afirmou que tem confiança no diálogo entre os dois países em busca de um entendimento sobre as tarifas comerciais de exportação. Disse ainda que o governo federal trabalha, desde 2023, pela abertura de novos mercados para os produtos brasileiros.

O ministro também informou estar atento a eventuais impactos das tarifas para a exportação de produtos brasileiros do setor aéreo, como aviões e peças para aeronaves, e que vai buscar soluções para minimizar prejuízos a empresas exportadoras do setor, como a Embraer.

Também em nota, a Abrafrutas, Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados, expressou preocupação com o aumento de tarifas. O volume de negócios com frutas entre o Brasil e os Estados Unidos, em 2024, gerou 148 milhões de dólares para o setor. A tendência de desempenho para 2025 era ainda maior, destaca o comunicado. 

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