04/07/2025 às 05:30
O programa Viva Maria manifesta solidariedade à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que foi alvo de novos ataques verbais na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. O episódio mais recente ocorreu na última quarta-feira (2), quando o deputado federal Evair Vieira de Melo (PP-ES) comparou a ministra a um “adestrada” e afirmou que ela adota a mesma estratégia de retórica de grupos terroristas.
Esta é a terceira vez, apenas em 2025, que Marina Silva sofre esse tipo de violência verbal em espaços institucionais. Em março, durante o mês dedicado à luta das mulheres, o programa já havia repercutido manifestações de apoio à ministra, inclusive de mulheres da floresta, que divulgaram uma carta aberta em repúdio à violência política de gênero.
Na ocasião, a própria Marina Silva comentou o tema em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, do Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Durante a entrevista, Marina relembrou um discurso do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que declarou: “imagine o que é tolerar a Marina seis horas e dez minutos sem enforcá-la”. A ministra classificou a fala como misógina e afirmou que declarações como essa incitam a violência contra as mulheres e naturalizam práticas ofensivas nos debates políticos.
A advogada Leila Linhares Barsted, integrante da ONG CEPIA Cidadania e uma das autoras da Lei Maria da Penha, também se pronunciou sobre o episódio. Em entrevista ao Viva Maria, ela analisou o caso à luz da legislação brasileira e reforçou a necessidade de respeito no enfrentamento à violência política de gênero.
Leila Barsted expressou ainda solidariedade à ministra Marina Silva, destacando que o combate à desigualdade nos espaços de poder exige coragem e firmeza diante das ameaças. Para ela, a postura da ministra diante dos ataques revela força moral e compromisso com a democracia.
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